Neste dia 15 de julho, comemora-se o Dia do Homem no Brasil. Um dos principais objetivos da data é melhorar a saúde masculina. Diferentemente das mulheres que se preocupam com a saúde e sempre procuram o médico, os homens não costumam frequentar os consultórios e uma das principais barreiras é cultural, relacionada com o conceito de masculinidade vigente em nossa sociedade.
Um dos maiores tabus relacionados à saúde masculina é a prevenção do câncer de próstata que, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens. A pesquisa “Saúde masculina: o homem e o câncer de próstata” encomendada ao Datafolha pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com o apoio da Astra Zeneca, revelou que apenas 18% dos homens entrevistados fizeram o exame para detectar o câncer de próstata por prevenção e 66% respondeu que a esposa, a companheira ou a namorada, é a pessoa que mais influência na procura por um médico para prevenir e tratar a doença. A mesma pesquisa mostrou que o preconceito ainda é o maior vilão na luta contra o câncer de próstata. Entre os entrevistados, 77% concordam totalmente que “os homens não fazem exame de toque retal por preconceito”.
“Habitualmente, o homem procura o médico após apresentar algum sintoma que o preocupe. O grande problema é que nas fases iniciais o câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma, e é neste momento que ele é potencialmente curável. Em contrapartida, quando o tumor torna-se sintomático, na maioria das vezes, já está em estágio mais avançado e as chances de cura são improváveis”, explica o dr. Marcos Dall’Oglio, chefe do departamento de Uro Oncologia da SBU.
Dados do Inca apontam que até o final de 2010 sejam 52.350 novos casos de câncer de próstata no Brasil, e em valores absolutos, é o câncer mais prevalente entre homens no mundo, representando cerca de 10% do total de cânceres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário