segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Loja de Mesa - Ágape Ritualístico


É a sessão ritualística em que os maçons se confraternizam em torno de uma mesa de refeições.

É também chamada, embora impropriamente, de banquete ritualístico.

De maneira geral, a Loja de Mesa deve ser instalada nos edifícios maçônicos, em salas apropriadas. Podem, todavia, ter lugar em qualquer outro edifício, contanto que tudo seja disposto de maneira que, de fora, nada se possa ver e ouvir; isso significa que a Loja de Mesa deve ser coberta a olhos profanos, já que se trata de uma sessão ritualística.

A Loja de Mesa, antigo costume maçônico, deve ser instalada pelo menos uma vez por ano, de preferência no solstício de inverno (no hemisfério Sul), ou de verão (no hemisfério Norte). Os solstícios ocorrem quando o Sol atinge sua posição mais afastada do equador terrestre : para o hemisfério sul, o solstício de verão ocorre quando o Sol atinge sua posição mais austral (meridional, sul), enquanto o solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge sua posição mais boreal (setentrional, norte). Este último ocorre a 21 de junho, que é, então, a época mais propícia para a Loja de Mesa, embora muitas Oficinas a realizem no dia 24 de junho, aproveitando o solstício e homenageando o padroeiro de muitos ritos maçônicos, São João, o Batista. Também pode, ela, ser realizada no solstício de inverno no hemisfério norte, 21 de dezembro, ou a 27 de dezembro, em homenagem a São João, o Evangelista. Nos primórdios da Franco-Maçonaria, ainda na de ofício, ou operativa, eram comuns, nos solstícios, esses repastos fraternais; posteriormente, por influência da Igreja e dada a proximidade dos solstícios com as datas dedicadas aos dois São João, eles passaram a ser realizados nestas.

Tudo o que é usado em Loja de Mesa tem um nome simbólico, ligado à arte de construir, aos materiais de construção e aos instrumentos necessários ao trabalho de edificação:

Areia amarela: a pimenta do reino

Areia branca: o sal

Armas, ou Canhões: os copos

Bandejas: as travessas

Bandeja grande: a mesa do banquete

Bandeiras: os guardanapos

Bandeira grande: a toalha de mesa

Barricas: as garrafas

Demolir os materiais: comer

Espadas, ou Alfanjes: as facas

Fazer fogo: beber

Materiais: as iguarias servidas na Loja de Mesa

Picaretas: os garfos

Pólvora amarela: a cerveja

Pólvora forte: o vinho, ou o licor

Pólvora fraca: a água

Pólvora preta: o café

Telhas: os pratos

A mesa do banquete é disposta em forma de ferradura, com as extremidades correspondentes ao Ocidente e a cabeceira (mesa de honra), ao Oriente.

O Venerável Mestre ocupa o centro da parte da mesa que constitui o Oriente, tendo, à sua esquerda, os Mestres Instalados e, se for o caso, o Venerável de Honra, e, à sua direita, as Dignidades do Simbolismo, presentes à sessão.

Os demais Oficiais e Dignidades, colocam-se como em Loja:

O Orador e o Secretário colocam-se nas extremidades da mesa de honra, frente a frente; ao lado deles, colocam-se o Chanceler e o Tesoureiro, tendo, junto a si, o Hospitaleiro; o 2º Vigilante senta-se na metade do lado Sul, ou na extremidade ocidental, ou sudoeste, da mesa (da ferradura); na metade da mesa do lado Norte, coloca-se o Experto; o 1º Vigilante ocupa a extremidade noroeste da mesa, variando a posição, conforme o rito (inversão dos lugares dos Vigilantes, Orador, Secretário, etc.); o Mestre de Cerimônias fica próximo à extremidade, ao Norte, junto ao 1º Vigilante e à disposição deste; finalmente, o Cobridor fica na extremidade sudoeste, de frente para o Oriente (se ali estiver o 2º Vigilante, ficará ao lado dele).

Os demais obreiros colocam-se à vontade, em torno da mesa, sempre na parte externa da ferradura, com Aprendizes e Companheiros ocupando o mesmo local que lhes compete nos templos. Se o espaço na parte externa não for suficiente, admite-se a ocupação de alguns lugares na parte interna.

Na parte interna da mesa, sobre um pedestal colocado junto à mesa de honra, à frente do Venerável Mestre, estarão as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria (o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso), dispostas no grau de Aprendiz Maçom. Isso é fundamental, pois não pode haver sessão ritualística sem a presença das Três Grandes Luzes Emblemáticas.

Sobre a mesa de honra, diante do Venerável, estará um candelabro de sete braços (o menorá hebraico), um pedaço de pão e um copo de vinho tinto; à frente do 1º Vigilante, estará um candelabro de cinco braços e, à frente do 2º Vigilante, um candelabro de três braços.

A presença do pão e do vinho é uma lembrança do ritual hebraico de kidush, incrementado pelos essênios.

O kidush, reunindo membros de uma confraria (em hebraico : shaburá) era uma ceia, realizada na véspera de dias santificados, ou na véspera do shabat (sábado), para realçar a santificação do dia e durante a qual o principal dos convivas lançava as bençãos sobre o pão e o vinho, distribuindo-os aos demais.

Quando o kidush precedia a Pessach (Páscoa), o kidush era antecipado para a quinta-feira, porque a sexta-feira era o dia destinado a organizar e prepara o seder (jantar de Pessach). A chamada última ceia de Jesus, com seus companheiros (shaberim, membros de um shaburá), foi um kidush, realizado antes de Pessach.

Todos os participantes da Loja de Mesa estarão paramentados e as Dignidades e Oficiais usarão as jóias de seus cargos. Alguma Obediências costumam recomendar que não sejam usados os aventais, pois eles seriam reservados para os trabalhos da Loja no templo, isto, todavia, não é correto, pois, em qualquer sessão ritualística, o maçom deve portar o seu avental.

Também recomendam, muitas Obediências, principalmente européias, que, além do banquete ritualístico, realizado por ocasião do solstício de inverno, seja realizado um outro, em forma "profana", por ocasião do solstício de verão. Nessa oportunidade, é recomendada uma excursão ao campo, para o reencontro com o Sol e a Natureza, em sua plenitude, seguida de banquete, com a presença de familiares e amigos dos maçons da Loja.

Por: José Castellani , do livro Dicionário de Termos Maçônicos. Contribuição do Irmão B. Andrade G, Loja "União e Prosperidade", GOB-SC.

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO

A Oração de São Francisco nos fala da PAZ e do BEM

Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor,

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,

Onde houver discórdia, que eu leve a união,

Onde houver dúvidas, que eu leve a fé,

Onde houver erro, que eu leve a verdade,

Onde houver desespero, que eu leve a esperança,

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Oh! Mestre, fazei que eu procure mais

Consolar do que ser consolado,

Compreender do que ser compreendido,

Amar do que ser amado.

Pois é dando que se recebe,

É perdoando que se é perdoado,

É morrendo que se vive para A VIDA ETERNA!

A perfeição se conquista na vivência do amor. São Francisco teve a sua pedagogia, apesar de não ter sido teórico. Aquilo que viveu pessoalmente propôs aos seus companheiros, às pessoas de seu tempo e igualmente aos homens e mulheres de nosso tempo a busca de valores mais nobres. Ele nos deixou uma herança na maneira de ver, de tratar e de conduzir o humano. Por isso, a Pedagogia de Francisco tem um modo próprio de formar, educar, de relacionar-se com as pessoas, de transmitir-lhes valores, de reconhecer nelas dignidade, bondade e beleza.

Embasado no Carisma Franciscano, queremos uma sociedade mais justa, humana, fraterna e democrática, com pessoas críticas, transformadoras, com visão de mundo, capazes de superar preconceitos sociais, numa sociedade em que todos usufruam dos direitos e deveres presentes na Constituição Brasileira.
Defendemos uma sociedade em que os valores de solidariedade, fraternidade, fé, honestidade e respeito, transcendam às barreiras do individualismo, pois juntos estamos contribuindo com nossa história, buscando com isso a liberdade e a felicidade desejada por todo o ser humano, empenhados na educação de pessoas que valorizam sua época de vida e seu meio, para atuar positivamente na sociedade.

Sabemos que o ser humano é o sujeito principal da construção da sociedade e, por conseguinte, da história, por isso, pretende-se que ele busque a verdade, que tenha idéias e objetivos definidos e que tenha na sua formação a autonomia, a criticidade e a participação efetiva capaz de atuar com humanidade, competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vive a fim de ser atendido em suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas, e que como pessoa singular e única, seja encaminhada a assumir a sua própria personalidade através da realidade cultural de que é herdeiro e do contexto social onde o ser humano assuma seu papel de agente transformador, capaz de discernir e optar pelos valores que contribuam para a construção de uma sociedade mais humana, justa e fraterna.

domingo, 30 de agosto de 2009

PAPO DE BODE


O irmão Milas recebe em casa a visita dos irmãos Otaner e Ramehda. A esposa de Milas auxilia na recepção e todos se cumprimentam e se beijam. Com a alegria de sempre, eles se sentam e antes de iniciarem as conversas, Milas pede à esposa:
— "Querida, por favor, peça à Maria que providencie aquele cafezinho três 'efes'- fraco, frio e fedido prá esses dois 'efes' " — sorrindo, e antes de aparecer adjetivos maliciosos, completou: "falantes e fraternos". Todos riem muito.
Na verdade eles estavam pedindo "cobertura de sala", temporária, à cunhada. Ela entende muito bem, pede licença e sai. Recomenda à empregada que prepare o café e volta a fazer o que fazia antes na saleta anexa: costurar a alça do avental de Milas que havia arrebentado.
Enquanto costura vai pensando:
"Milas está engordando muito; precisa moderar nesses... como é mesmo aquela palavra que eles falam?...a...ágape...isso...precisa diminuir esses ágapes semanais".
E a conversa na sala principal é tão alta que chega a ser impossível deixar de ouvi-la.— "Ontem eu estive na Quinta Essência", disse Otaner.— "E ela é da Sereníssima?", pergunta Ramehda.— "Lógico, é a 349. Foi uma sessão pra lá de Jota e Pê. Não era Magna, todos estavam de balandrau, mas fizeram a entrada de Past Master com a abóbada de aço e estrelas. O Veeme comandou uma bateria incessante. Depois esse Filho da Viúva apresentou uma senhora peça de arquitetura. Falou de um obreiro que seguiu para o Oriente Eterno, depois de trabalhar incessantemente na Pedras Bruta e Polida e considerava o Livro da Lei a obra máxima na Terra."
Com a agulha e a linha, a cunhada vai unindo novamente a alça do avental, mas, por mais que se esforçe, não consegue unir aquelas palavras a um sentido qualquer.
— "E eu estava, na semana passada, na Era de Aquarius, lá em Ribeirão", fala Ramehda. "Eu nunca vi tantas colunas gravadas na bolsa! Eram pranchas e mais pranchas, muitas prévias, e um pedido de Quit-Placet; todos ficaram surpresos, principalmente as luzes; fiquei com pena do Secretário: a medida que o Veeme ia decifrando, ele ia botando tudo aquilo no balaústre. Também fiquei bobo de ver a quantidade de metais no Tronco. a única coisa que eu não gostei, foi quando eles formaram a cadeia para passar a semestral, eu tive de ficar no Átrio."
A esposa continua a não entender bulhufas.
— "Mas é claro, se você não é do Quadro...", argumenta Milas. "Nesse caso não importa quantos degraus você subiu na escada de Jacob. E, falando nisso...", continua, "em junho participei de trabalhos de banquete na Seguidores em Cruzeiro. Meti o meu 'ne verietur' no livro e nem foi preciso ser trolhado. O betume estava delicioso e a pólvora vermelha estava divina. Fizemos bons fogos. Na Bem da Ordem, ou melhor sobre o Ato, falei sobre alguns landmarks e depois agradeci."
A cunhada já se considerando uma estrangeira, serve o café em silêncio e momentos seguintes os irmãos se despedem e se vão, após o tradicional "Que o Grande Arquiteto os acompanhe". —
Querido — pergunta a esposa — "por quê vocês não conversam como pessoas normais?"
Milas beija-lhe a fronte e, sorrindo, responde:
— "Porque você é uma linda goteira !"

Os 3 pontos

A costume de colocar três pontos após a assinatura de um maçom, não é tão antiga como poderia pretender-se. Ela aparece pela primeira vez em 12 de Agosto de 1774 em uma circular do Grande Oriente da França comunicando um novo valor da anuidade e a mudança de local. Confirmando o anterior vemos que na Constituição de Anderson, documento básico da Maçonaria chamada Moderna, publicada em Londres em 1723, não é usada em parte alguma a escritura tripontuada. Esta forma de escritura, que teria como objetivo principal ocultar a compreensão de textos do entendimento de profanos, não tem sido exclusividade dos maçons; na Corte Pontifícia de Roma existia um tribunal denominado “Tribunal da A C\u8220" que era escrito justamente com as letras A e C seguidas de três pontos. Para uns era interpretado como Augusta Consulta, para outros Auditoris Curea e, inclusive, Auditor Camarae. Esta situação é, até certo ponto, comum em sistemas religiosos ou filosóficos, em que um símbolo ou ensinamento é adotado indistintamente por uns ou por outros. Acontece com a escada de Jacô; a cruz, adotada pela Igreja Católica alguns séculos depois da morte de Jesus; o Ternário, comum, praticamente, a todas as religiões, o avental, usado por todas as importantes religiões e mistérios antigos nas cerimônias de iniciação, etc.

Se bem é certo que o maçom deve orgulhar-se de usar os três pontos na sua assinatura, ela não constitui uma obrigatoriedade, considerando que haverá certos casos em que por razões políticas, profissionais, familiares, etc, o maçom poderá ter a necessidade de não manifestar abertamente sua condição de tal. Inclusive, em nosso Ritual de Aprendiz da GLESP as iniciais não sempre são seguidas dos três pontos, tal é o caso das iniciais contidas nas páginas 13, 14, 23, 77, 78, 79, etc. edição 1989. Também, a pessoa que usa os três pontos na sua assinatura não é necessariamente um maçom. Ë como a pessoa que usa um adesivo maçônico no seu carro; já tivemos um caso em nossa Loja em que um irmão ao se encontrar com um carro luzindo um adesivo maçônico ele deu o conhecido toque de três buzinadas, provocando a ira do suposto condutor maçom que imaginou estar sendo criticado na sua condução pelo nosso irmão.


O significado simbólico dos três pontos está, evidentemente, relacionado com o Ternário e como todos nos sabemos, o significado é variado e abrange todos os símbolos relacionados com o número três. O primeiro ponto é o origem criador de todo o que existe, o Uno, a Monada, o Princípio Fundamental, a Unidade, é Deus. Os dois pontos inferiores são a Dualidade, são gerados pelo primeiro ponto e, se se juntaram, voltam a ser a Unidade, da qual tiveram nascimento. O ponto superior corresponde ao Oriente em Loja, que é o mundo Absoluto da Realidade, é o Delta Sagrado, e os dois pontos inferiores correspondem ao Ocidente, ou seja o Mundo relativo, o domínio da Aparência, são as duas colunas, como mais um emblema da dualidade. Como podemos ver, a interpretação dos três pontos, são muitas e nelas não poderemos ficar restritos, para não pecar de dogmáticos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A ARTE DE PERDOAR *

Em todos os caminhos do crescimento humano, tanto o psicológico quanto o espiritual, uma ênfase especial é dada à questão da mágoa.
Não só pelo sofrimento que ela em si, produz, mas também pelo transtorno que provoca nos relacionamentos.
Qualquer que seja o nome que damos a esse sentimento, seja mágoa, rancor, ressentimento ou vingança, ele se caracteriza pela amargura processada na alma, uma sensação de injustiça a partir do mal que alguém nos fez.
Além da dor, o componente fundamental da mágoa é a sua permanência. É uma incapacidade de se parar de sofrer, mesmo com o passar do tempo.
E como é impossível levar nossas vidas sem sermos machucados pelas outras pessoas de vez em quando e tendo em vista a imperfeição da natureza humana, corremos o risco de acumular feridas e nos tornarmos pessoas amargas, desiludidas e sofredoras.
A mágoa é uma forma de guardarmos para depois coisas que não queremos resolver na hora.
Uma das características da vida é que ela só pode ser vivida no presente.
O passado e o futuro, apesar de existirem na nossa cabeça, não têm existência real. Seria uma tolice imaginarmos poder respirar para o amanhã, poder viver o ontem.
O natural é que as coisas sejam vividas, mesmo as ruins, no momento em que elas ocorrem.O sentimento de raiva, que é natural, tem o objetivo de nos ajudar a resolver nossos problemas, incluindo as ofensas, traições ou quaisquer outros atos que as pessoas produzam. Quando somos inibidos na nossa raiva, quando temos medo de expressá-la, ela esfria dentro de cada um de nós e se transforma em mágoa.
A mágoa, então, é toda raiva que ficou para depois. É a raiva dentro da geladeira. É o medo de resolvermos nossos conflitos com outras pessoas no momento em que aparecem.
Guimarães Rosa define magistralmente a mágoa no seu livro Grande Sertão Veredas:"Mágoa é lamber frio o que o outro cozinhou quente demais para nós".
A pessoa rancorosa apresenta dificuldade em aceitar a imperfeição humana, idealizando uma realidade onde as pessoas nunca falhem com ela; expressando a raiva na colocação clara do seu desagrado diante do outro; vivendo o momento presente, mas sendo extremamente apegada ao passado.
Por isso, quem guarda mágoa, em geral, é também um saudosista e culposo, características dos que vivem no passado.
Uma vez, porém, instalada a mágoa, só nos resta uma saída: o perdão.
Se a mágoa nos envenena e machuca, o perdão nos alivia e cura.
Pode-se medir a sanidade psicológica de alguém por sua capacidade de perdoar. O perdão é a ponte que nos faz sair da depressão para a alegria:
"Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aqueles que nos têm ofendido”.
Por que tanta dificuldade em perdoar?
Porque há equívocos em torno do perdão que dificultam o exercício dele.
Primeiro por haver uma crença falsa de que o beneficiário do perdão é a pessoa que nos ofendeu...lêdo engano.
O perdão é algo bom para quem perdoa.
Perdoar é ficar livre da dor causada pelo outro.
É ficar livre daqueles que nos magoaram.
É um presente dado a si mesmo.
Em segundo lugar, há uma idéia igualmente falsa de que ao perdoarmos devemos esquecer o mal que nos fizeram, e voltar a ter com a pessoa o mesmo relacionamento de antes...
É importante salientar: Perdoar não é esquecer. É apenas parar de sofrer.
Devemos, porém, aprender com a experiência e podemos, a partir daí, escolher qual relacionamento teremos com o “ofensor”.
Perdoar não significa fazer de conta que nada aconteceu.
Ao contrário, temos de levar em conta a experiência, revendo a relação, e por isso mesmo, nos livrando da origem causal do sofrimento.
Certamente, perdoar os outros é o presente que oferecemos a nós mesmos.
Ao perdoar deixamos de carregar na alma tanto as ofensas quanto a memória daqueles que nos ofenderam.

* Fernando Palma Lima






O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.



Humberto Siqueira Cardeal

7 Lágrimas de um Maçom

As Sete Lágrimas de um Velho Maçom...
Num cantinho do Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste e velho Maçom chorava. De seus olhos, estranhas lágrimas escorriam-lhe pela face e, sem saber o porquê, eu as contei: foram sete. Na incontida vontade de saber, eu me aproximei e o interroguei: - Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu Aprendiz por que externais assim tão visível dor? E ele, suavemente, respondeu-me: - Está vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles.

A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vêm em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...

A segunda a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.

A terceira distribuiu aos maus, aqueles que somente procuram a MAÇONARIA, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.

A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma irmandade e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.

A quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: A Maçonaria é a prática da beneficência e da investigação constante da verdade, Seus fins supremos são: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.

A sexta, eu dei aos fúteis que vão de loja em loja, que tem verdadeira psicose pelo poder, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

A sétima, filho, notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos "Olhos" de todos os mestres. Fiz doação dessas aos maçons vaidosos, que só aparecem na Loja em dia de festa e faltam às doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual. Assim, meu irmão, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma.

FOTOS DO BAILE DA FRATERNIDADE 2009