- Oh, monge, ensina-me sobre o Céu e o Inferno!
- Ensinar-te sobre o Céu e o Inferno? Como ensinar-te alguma coisa? De nada aproveitaria. Tu estás imundo. Exalas um fedor insuportável. A lâmina da tua espada está gasta e enferrujada. Você, como samurai, é uma decepção total. Uma vergonha. Sua presença é detestável. Suma imediatamente da minha vista!...
O samurai ficou vermelho de raiva, a ponto de nem replicar ao monge por palavras. Ele, que sempre se considerou um grande guerreiro, não poderia admitir tanta ousadia. Então, resolveu erguer a espada vigorosamente e preparou-se para decepar a cabeça do monge.
- Isso é o Inferno. Disse o monge com absoluta mansidão.
O samurai, parou, pensou duas vezes na sua decisão e na intervenção do monge. Foi baixando lentamente a espada com o coração apaziguado pela explicação serena do monge que lhe ofereceu a própria vida para esclarecê-lo sobre a natureza do Inferno.
- Isso é o Céu. Rematou serenamente o monge.
Conclusão:
A raiva faz da nossa vida um Inferno e a serenidade faz-nos viver no Céu. Quando nos sentimos provocados a ponto de sentir raiva, o melhor é inspirar e expirar lenta e profundamente, enquanto contamos até dez; quando a provocação nos levar a sentir muita raiva, o melhor é continuar contando até cem. De qualquer modo, se algumas vezes fracassarmos, é bom pensar que o erro é um passo para o aprimoramento, desde que o reconheçamos e insistirmos em prosseguir no treinamento para acertar. A cada êxito repetido, o hábito positivo se estabelece gradativamente até que se torne definitivo...
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