sábado, 30 de janeiro de 2010

As três coisas


Chen Ziqin perguntou ao filho de Confúcio: "Teu pai te ensina algo que não sabemos?"
O outro respondeu: "Não. Uma vez, quando eu estava sozinho, ele perguntou se eu lia poesias. Respondi que não, e ele mandou que lesse algumas, porque abrem na alma o caminho da inspiração divina.

" Outra vez ele me perguntou se eu praticava os rituais de adoração de Deus. Respondi que não, e ele mandou fazer isto, pois o ato de adorar faria com que entendesse a mim mesmo. Mas nunca ficou me vigiando para ver se eu o obedecia”.

Quando Chen Ziqin retirou-se, disse para si mesmo:
"Fiz uma pergunta, e obtive três respostas. Aprendi algo sobre as poesias. Aprendi algo sobre os rituais de adoração. E aprendi que um homem honesto nunca fica vigiando a honestidade dos outros”.

Regresso



Estás de volta.
De volta ao sol, aos sorrisos e à simplicidade.
De volta a terra e à alegria que tinha escondido na saudade.
De volta ao sol ameno e as gentes meigas,
As searas de trigo e ao canto das cigarras.

Tenho de novo o meu filho nos braços
E o seu sorriso no meu coração
Voltou voltou, voltou de lá.
Ainda agora estavas na Ilha e agora ja estás cá...

Deixa Fluir o Amor….


Já temos um suntuoso templo, de acomodações confortáveis. Mas. . . agora necessitamos construir uma Loja forte e unida. Sabemos que não é hora de se fazer festas e não faremos festa, pois, ainda, há muito por fazer!!!!

Este blogueiro acreditar na poesia do Beto Guedes:


[...] Canta, leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com teus frutos

Tu que és do homem a maçã

Vamos precisar de todo mundo

Um mais um é sempre mais que dois

Pra melhor juntar as nossas forças

É só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora

Para merecer quem vem depois

Deixa nascer o amor

Deixa fluir o amor

Deixa crescer o amor

Deixa viver o amor

(O sal da terra)


DEFERIMENTO - Certamente a Loja vai deferir


Aos Irmãos que deixam a Loja Jamil Kauss
Há perdas que são muito duras de aceitar,mas acabamos aceitando…..
Há milhares de poesias por escrever e nós não escrevemos sequer um único verso.
Há milhares de coisas por fazer, pessoas por conhecer, amores por encontrar.
A vida sempre continua e pedras preciosas são raras.
Perder safiras é aceitável, mas perder diamantes já lapidados é muito triste,
Mas a vida nos ensina a perder…..A vida é um se perder!!!!!

Boa sorte, não esqueça que você foi feito pra brilhar…...

Esta é a resposta a sua solicitação!!!!!
[..] A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector

AO VELHO GUERREIRO

ÁRTEMO ALVES SOUTO



A VOZ DA INTOLERÂNCIA

Meu Deus!

Que vejo entre meus irmãos? Um estandarte caído? Um guerreiro vencido? Um esquadro quebrado? Um compasso partido? Uma régua torcida? Uma Loja Cinqüentenária tornando-se um clube de serviços?
Onde está a filosofia? Onde está a filantropia? Onde está a história? Onde estão os rituais? Onde estão os bons costumes?

Meu Deus!

Eu vejo na terra um estandarte cortado, por uma intransigência dura;
Eu vejo o guerreiro cansado da luta, vencido, sem poder fazer nada.

Oh! Senhor Meu Deus!

Nós regressamos ao Caos, está quebrada a Harmonia, está quebrada a Tolerância. Que nos resta agora?
Vivendo as sombras pobres e as mangas escassas, sonhando com o Jardim de Acácias, já escassas e secas, perdidos no meio de parreirais carregados de uvas doces r saborosas, ouvindo as aves cantando um hino de amor, e de glória, e os poucos irmãos restantes insiste na luta por migalhas nada mais...
Oh! Abobada Celeste! Que calada escutas disparates!
Oh! Pavimento de Mosaico que fostes pisado por grandes homens...!
Mas ficaram silenciosos no meio de Estrelas, Sol e Lua:
Oh! Espadas da Justiça que ficas estáticas numa percha sem mover uma Ponta pelo menos!
Y tú Sagrado Delta, que pendendo infeliz vê aos guerreiros, um a um abandona-lo! Oh! Estrela Flamejante, que perdeu sua Luz, dissimulou seu brilho, e pouco a pouco vai morrendo no infinito!...
O Trono de Salomão se agita, as Colunas chocam em grande estrondo, a corda de 81 nós se desprende e cai, a Cadeia de União, morreu, e as cadeiras soluçam empoeiradas nostalgias...
Também o Céu azulado, lamenta...
Morre por sua vez o Altar Sagrado, do Livro Sagrado de Amor flui sangue, fizeram pedaços a Pedra Polida, riem a gargalhadas o Corvo.
A Águia Bicéfala voa cabisbaixo para outro rincão...
E o Maçom onde está?

Anjos do Senhor: guardas do Jardim do Éden fechem o Portal de nossa Loja, não deixem ir os meus irmãos, eles saem.
Acendam de novo a chama de Sabedoria entre nós, faça a Espada Flamigera espargir a Luz, abram os olhos dos Irmãos até a Árvore da Vida, do que vocês são Guardiãs, lavem o coração de cada um com as milagrosas águas de vida que surgem no centro da Jerusalém Celeste, apontando um futuro prometedor...!
São João, nosso patrono intercede por nós aos pés do Grande Arquiteto do Universo, para que nossa querida Loja caminhe entre o Esquadro e o Compasso, e tenha na Régua a exata medida.
Que assim seja para todo o sempre.
Traduzido do espanhol pelo irmão Humberto Siqueira Cardeal ( LA VOZ DE LA INTOLERANCIA Escritor Benedito Paes Ant.: y Resp.: Logia Simbolica "Dios y Humanidad " Itajubá - Minas Gerais)

Sonhar é Preciso, Viver não é Preciso.


Ir. Carlomar Silva Gomes de Almeida
Past Eminente Grão Mestre da GLMEES

SIC TRANSIT GLORIA MUNDI. Dessa maneira, o apóstolo Paulo definiu a condição humana em uma de suas epístolas: a glória do mundo é transitória e, mesmo sabendo disso, o homem sempre parte em busca do reconhecimento pelo seu trabalho.

Por quê? O que existe nessa estrada? Que força é essa que nos empurra para longe do conforto daquilo que é familiar, e nos faz enfrentar desafios, mesmo sabendo que a glória do mundo é transitória?

Creio que esse impulso se chama: a busca do sentido da vida. Basta apenas reunir coragem suficiente para lutar por seus sonhos, e apoio esta assertiva em uma expressão do apóstolo Paulo - “combater o bom combate e manter a fé”. O Bom Combate é aquele travado porque o nosso coração pede. Nas épocas heróicas, no tempo dos cavaleiros andantes, isso era fácil, havia muita terra para conquistar e muita coisa para fazer. Hoje, porém, o mundo mudou e o Bom Combate veio dos campos de batalha para dentro de nós mesmos.

O Bom Combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos. Quando eles explodem dentro de nós com todo o seu vigor - na juventude - temos muita coragem, mas ainda não aprendemos a lutar. Depois de muito esforço, terminamos aprendendo, e então já não temos a mesma coragem. Por isso, nos voltamos contra nós, e nos transformamos em nosso pior inimigo. Dizemos que nossos sonhos eram infantis, difíceis de realizar, ou frutos de nosso desconhecimento das realidades da vida. Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate.

O sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas que conheci até esta data sempre têm tempo para tudo e para todos. As que nada fazem estão sempre cansadas não dão conta do pouco trabalho que precisam realizar, e se queixam constantemente que o dia é curto demais. Na verdade, elas têm medo de saber onde vai dar a misteriosa estrada que passa pela sua aldeia.

Outro sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas. Porque não queremos aceitar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e corretos. Raul Seixas, saudoso Compositor popular, descreveu bem a alegria no coração dos guerreiros, ao escrever: “Prefiro ser Uma metamorfose ambulante. Do que ter aquela velha opinião Formada sobre tudo”.

SIC TRANSIT GLORIA MUNDI. A glória do mundo é transitória, e não é ela que nos dá a dimensão de nossa vida - mas a escolha que fazemos, de seguir nossa lenda pessoal, acreditar em nossas utopias, e lutar por nossos sonhos. Somos todos protagonistas de nossas vidas, e muitas vezes são os heróis anônimos que deixam as marcas mais duradouras.

Assim, nas atribulações e adversidades do nosso cotidiano sob os olhares dos pessimistas de plantão, sussurros das excelências do imobilismo e do estabilishment e censuras dos comodistas por natureza que asseveram que a hora é de fiar e não de se aventurar ouso exclamar tal qual no episódio de nossa carta de marear que não é de Camões e sim de Fernando Pessoa ao bradar: "Navegar é preciso, Viver não é preciso”, em versão parodiada que, Sonhar é preciso, Viver não é preciso.

Desta forma da grade do oriente, auguro sob a proteção do GADU e alardeio a todos os obreiros, sem receio ou leve submissão; Meus irmãos, eu vejo a LUZ, tal qual o dia de minha iniciação a nos guiar a ir mais longe, fazendo progressos na maçonaria sendo instrumento de paz, concórdia, união e evolução maçônica com liberdade e observância dos bons costumes e tradições de nossa ordem, porque; Sonhar é preciso, viver não é preciso.

Assim Seja.

Vícios

7 Cavaleiros contra os 7 Pecados
por Carlos Alberto Carvalho Pires

1- Introdução

Os iniciados na sagrada Arte Real são, por definição, legítimos construtores sociais que buscam incansavelmente o aprimoramento da Humanidade. Trilhando suas vidas exclusivamente pelo caminho da luz, atingem a evolução moral ao longo dos árduos anos de estudos que fazem parte do justo processo de aprendizagem.

Os chamados Pecados Capitais, estabelecidos pela tradição Cristã, famosos e onipresentes em diversas formas de manifestações culturais do Ocidente, descrevem alguns comportamentos que devem estar permanentemente proscritos da Ordem do Dia de todos que trabalham em prol da virtude.
Quando estes elementos atuam de forma eficaz podem facilmente desviar a vítima do caminho do bem, levando-o a uma situação de caos. Esta condição pode ocorrer com os não iniciados, mas jamais com um Irmão. Conhecendo os verdadeiros mistérios da sabedoria ancestral, os Maçons se mostram imunes às incursões destas terríveis fraquezas capitais, por uma simples questão de exclusão: ou se é Maçom, portanto livre destes infortúnios, ou não se é. Não há meio termo, não há área de penumbra – só luz ou sombras.

A teoria que propomos nesta breve reflexão se refere justamente a uma das formas com que esta poderosa resistência, que isola e protege espiritualmente os Obreiros , se cristaliza no interior de nossos Templos. Tal barreira ao mundo das trevas é representada, em nossa tese, pelo simbolismo agregado a determinadas funções em Loja, assumidas temporariamente por alguns bravos Irmãos, que seriam o Venerável Mestre, o Mestre de Cerimonias, o Guarda do Templo, o Orador, os Vigilantes, o Irmão Hospitaleiro e o mais jovem Aprendiz.

O objetivo deste trabalho é recapitular as características principais de cada Pecado Capital, como um pequeno exercício de reciclagem doutrinária, e em seguida demonstrar como as Poderosas Colunas vivas acima elencadas apresentam mais este intrigante significado simbólico – de defensores absolutos contra estes sete indesejáveis descaminhos da alma humana.

2- Origem dos Pecados Capitais
Por volta do século IV os primeiros teólogos da Religião Cristã perceberam que se tornava importante estabelecer alguns critérios para nortear a vida religiosa e secular dos fiéis. Os instintos primários deviam ser controlados, pois o exercício pleno das vontades individuais resultava em ações que nem sempre se alinhavam com a moralidade espiritual. Os estudiosos clericais da época se debruçaram com afinco sobre esta questão.

Inicialmente classificaram as atitudes desaconselháveis aos fiéis em duas categorias distintas: existem os pecados leves ou perdoáveis e os pecados mortais também conhecidos como imperdoáveis. Neste segundo grupo, que abrange os desvios mais sérios ou capitais, o perdão aos infiéis só seria possível através da confissão.

O monge Evágrio do Ponto (345 a 399 d.C.), grande filósofo e doutrinador grego, estabeleceu a primeira lista dos pecados capitais, também chamados por ele de “crimes humanos” :Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Vaidade, Soberba, e Acedia. O pior de todos seria a Soberba, pois resume o homem a uma visão exclusiva de si mesmo. Para ele, quanto mais egocêntrista fosse a atitude, como neste caso, mais mortal e imperdoável seria o vício.

Esta relação prosperou até meados do século VI, quando o Papa Gregório realizou algumas alterações. Trocou Acedia por Melancolia, incorporou Orgulho à Vaidade, e acrescentou a terrível Inveja.

Passados mais alguns séculos, São Tomás de Aquino (1225 a 1274 d.C.), o frade dominicano considerado o principal teólogo da Escolástica, se voltou a esta questão. A lista asumia a forma que, ainda hoje, é considerada a mais aceita pela tradição católica: Vaidade, Inveja, Ira, Preguiça – que substituiu a melancolia por volta do século XVII- , Avareza, Gula e Luxúria. A ordem é decrescente, em termos de gravidade. Os quatro primeiros sendo considerados pecados da alma, e os três últimos do corpo.

O pecador geralmente exerce vários pecados ao mesmo tempo. É comum observarmos a Vaidade surgindo acompanhada da Inveja e Ira. A Avareza é parceira da Preguiça, a Gula “irmã siamesa” da Luxúria, e assim por diante.
A razão para serem sete pecados – ao invés de 6, 8 ou qualquer outra quantidade – é a pergunta que surge com freqüência por todos que se deparam com esta intrigante listagem. Não devemos, neste trabalho, detalhar o sentido místico-esotérico deste numeral porque este aprendizado é desenvolvido ao longo do maravilhoso processo de conquista dos degraus sagrados da escada de Jacó.

Mas, apenas para entender um pouco sobre o valor simbólico deste número, podemos citar alguns conjuntos de elementos que se relacionam aos nossos mistérios e à nossa tradição cultural e que se limitam a esta grandeza. Sabemos que sete são ou foram: as colinas de Roma; as cores do arco-íris; os filhos espirituais de Brahma, na tradição hindu; os dias da semana e os que duram as fases da lua; os planos astrais da existência do homem no hinduísmo; os pães distribuídos pelos discípulos de Jesus; as cordas da lira de Orfeu; os deuses da sorte do folclore japonês; os punhados de terra de sete cores diferentes que criaram Adão; os pilares da sabedoria; os chakras energéticos do Yoga; as vacas ou espigas dos sonhos do faraó interpretados por José, no Egito; as maravilhas do mundo antigo; os filhos de Neobe; os reis que atacaram e os que defenderam Tebas; os braços do candelabro hebreu; os cruzamentos da serpente no caduceu originário; os sacramentos da Igreja Católica; os metais alquímicos; as hierarquias celestiais da Cabala; os palmos necessários para formar um côvado; os paraísos distintos do Islamismo; os corpos celestes visíveis a olho nu; os pórticos e portas do grande templo sumério, erigido em 2.500 a.C; os anjos celestiais , e mais uma infinidade de achados nos diversos campos do conhecimento que se associam a este fabuloso e perfeito número, que tanto fascina e intriga os místicos de todos os tempos.

3- Os Pecados Capitais

3.1-Vaidade

Também conhecida como Soberba, é o mais terrível de todos os pecados. Para Tomás de Aquino deveria ser classificada como um mal a parte, tal seu caráter maléfico e perverso. É o estado de espírito em que a pessoa se considera superior aos outros, seja no aspecto estético, intelectual, social ou econômico. O infeliz tem uma imagem distorcida da realidade e do próprio ambiente em que vive. Neste delírio, exagera suas qualidades e minimiza suas limitações.O vaidoso tem sede de poder, de conquistar e de querer aparecer a todo custo, mesmo que tenha que sacrificar todos os princípios éticos e morais.

Na Maçonaria este sentimento não se manifesta, porque a Humildade , virtude antagônica da vaidade, é característica intrínseca e indissolúvel da alma maçônica. Sabemos que todos são rigorosamente iguais perante a Ordem. Mesmo que gualgue, com todos os méritos, os degraus da escada de Jacó e se cubra das mais fulgurantes glórias da vida profana o Obreiro nunca será dominado pelo ego inflado ou corrompido. Este se manterá ad aeternum no mesmo patamar em que se encontrava no inicio de sua jornada, como no dia de sua iniciação: na mais plena serenidade e equilíbrio.

O símbolo que representa a resistência absoluta a esta desgraça é o ocupante momentâneo do Trono de Salomão. O Irmão Venerável Mestre representa a exata perspectiva de nulidade total da Soberba ou Vaidade. O maestro dos trabalhos, que também administra a burocracia profana da Oficina, sabe e aceita o fato de estar no mesmo nível de qualquer Obreiro, mesmo o mais jovem Aprendiz.Por isso, toda vez que voltarmos nossos olhares a este querido Mestre, com tantas responsabilidades mas ciente da igualdade maçônica que o circunscreve, percebemos em cada gesto, em cada palavra, o exemplo máximo de ausência total de vaidade. É a emanação iluminada da Humildade, do verdadeiro despreendimento total de qualquer forma de Orgulho profano.

3.2- Inveja
A chamada “arma dos incompetentes”, é o segundo pior drama da alma humana. O invejoso se compara desfavoravelmente a determinadas pessoas ou com a uma em especial, quanto ao seu status, sua situação sócio-econômica, suas capacidades intelectuais, culturais ou qualquer outro atributo que julgue superior ao seu. Para destruir esta vantagem do próximo, o desolado passa a questionar os méritos do outro e a inflacionar seus defeitos.É um efeito direto das feridas narcísicas e do egocentrismo afetado. Existe uma impossibilidade de admirar as conquistas alheias, que geram uma lascerativa sensação de injustiça. Quando relacionado apenas ao plano material, pode ser chamada de cobiça. Para muitos, a principal manifestação tangível deste inferno espiritual seria apenas o olhar carregado – como dizia Shakespeare em Otelo, o indivíduo “tem o olhar verde” de inveja.

O Obreiro da Arte Real está totalmente imunizado contra a Inveja. Pelo contrário, sempre deseja que o próximo se desenvolva e cresça em todos os aspectos da melhor forma possível. Não há espaço para este mal em nossas Colunas. Toda conquista ou vitória, seja na carreira maçônica ou na vida profana, é comemorada efusivamente por todos da Oficina, e por toda universalidade de nossa Ordem. E, considerando que os Maçons são caridosos por vocação, e como a Caridade é o extremo oposto da Inveja, não é possível ocorrer ambas as manifestações em uma mesma pessoa.

O combate à Inveja é recordado, em Loja, pelos Irmãos mais novos ou por aqueles que não têm cargos, pois permanecem nas Colunas apenas assistindo o desempenho daqueles que aceitaram as responsabilidades e atribuições das funções de maneira feliz, alegre e serena. Suas posturas tranqüilas lembram que para nós, o que seria Inveja se transforma em votos de sucesso e prosperidade. Em uma sociedade profana isto não é possível. Em especial, o Aprendiz mais jovem personifica este ideal, e é o nosso baluarte na luta pela expulsão inquestionável da Inveja de nossa Fraternidade.

3.3-Ira
É a manifestação dos traumas, frustrações e humilhações acumulados por toda vida de forma primitiva, bruta e momentânea. As desilusões e incorfomidades que fomentam os dramas de uma existência medíocre e frustrante, aos olhos do irado, se transformam em uma explosão repentina de emoções exageradas. Carregada de rancor, ódio e raiva, esta tensão desemboca em atitudes agressivas. Reflete, no fundo, uma desadaptação ao mundo real, ou à própria persona – a verdadeira ausência do gnothi saulton dos gregos, que podemos traduzir como a falta de conhecimento de si mesmo. Sendo caracterizado pela total inexistência de serenidade, paciência e paz interior, este estado alterado transborda em um desejo agudo de destruir, irracionalmente.
Vemos pela descrição acima que os Irmãos jamais vão manifestar este nefasto desvio de conduta. É condição essencial que todos sejam absolutamente ponderados, tranqüilos e pacíficos em todos os momentos da vida, seja na convivência social ou fraterna, mesmo quando surgem as piores situações.

Os Irmãos Vigilantes representam o controle incansável da Ira, uma vez que além de serem os pilares-mestres da Oficina – juntamente com o Venerável Mestre – têm a função de manter a ordem e a tranqüilidade necessárias aos momentos de meditação, necessários aos nossos trabalhos. Sempre que um Vigilante reverbera o malhete, todos em Loja se lembram que a serenidade se impõe acima de qualquer sentimento, e que Ira é tema para o mundo profano.

3.4- Preguiça
Quarto e último pecado relativo à alma, se caracteriza fundamentalmente pela procrastinação, ou seja, pelo adiamento voluntário de alguma ação que deveria ser feita imediatamente. Quando esta postura torna-se repetitiva, temos um quadro de aversão ao trabalho, ao esforço físico e/ou mental, bem como demonstra-se um profundo descaso com a eficiência pessoal e profissional, que impede a dinâmica normal da vida.

Geralmente o preguiçoso perde o senso de responsabilidade, levando a uma situação de desleixo, negligência e morosidade em todas as tarefas básicas que deveria desempenhar. Fica sem ação nos momentos decisivos, e geralmente atribuem a fatores externos a razão de sua incompetência. Associada ao ócio, vadiagem e “fragilidade de caráter” , pode estar acompanhada da Inveja e gerar momentos de Ira. Alguns pesquisadores atribuem a existência deste vício à falta de resistência moral e psicológica para enfrentar as vicissitudes da vida, pois o preguiçoso típico não se constrange com a situação de inanição em que se encontra.

A preguiça se manifesta também na falta de disposição para estudar, ler, aprender e assimilar novas idéias e conceitos. As desculpas “não preciso aprender mais nada” , ou o “já sei tudo” são lugar-comum na vida do infeliz. Estes sinais caracterizam o comodismo mental, que traz muitos prejuízos às situações profissionais e acelera a perda de objetividade e sentido das vidas em geral.

É o Mestre-de-Cerimônias que simboliza a imunidade contra a preguiça, pois suas atribuições demandam presteza, disposição, diligência, concisão e o máximo de objetividade em todas as tarefas. Quando observamos seu ritmo de trabalho, notamos em cada procedimento um lembrete para que todos permaneçam, diuturnamente, em Pé e a Ordem para o labor e o estudo maçônico, atitudes fundamentais para a adequada evolução pelos caminhos da perfeição.

3.5- Avareza.

É o primeiro dos chamados pecados do corpo. Sinônimo de apego exagerado ao dinheiro e, secundariamente, aos bens materiais, é associado à ganância exacerbada por possuir e manter coisas pelo simples fato de ter. O dinheiro deixa de ser o meio para ser o fim: sua acumulação torna-se o objetivo principal da vida, sacrificando-se assim a satisfação de outras necessidades.O avaro precisa ter a noção de que pode, se quiser, comprar aquilo que as pessoas mais abastadas financeiramente conquistaram. Aqui percebemos algo de comum com a Inveja e Vaidade. E o pior de tudo: o avarento não valoriza qualidades ou elementos intangíveis, essenciais à vida saudável – como inteligência, cultura, arte, estética, amor, paz de espírito, etc – pois não podem ser convertidos em dinheiro.

O Maçom nunca é avarento, pois não se apega ao dinheiro e muito menos aos bens materiais. A Generosidade, o oposto da avareza, é um dos traços de personalidade mais marcante no Obreiro, e se manifesta na boa vontade quando vai contribuir no Tronco de Solidariedade, nas ações filantrópicas exercidas pelas Oficinas e no dia a dia de sua vida profana.

O Irmão Hospitaleiro é quem nos lembra que a Avareza é inexistente em Loja. A meritória atuação deste Obreiro, que se preocupa com o bem estar dos Irmãos, das cunhadas, dos sobrinhos, e de todos que necessitam de ajuda, e que para isso gerencia os recursos do Tronco, já ratifica que Avareza e Maçonaria são absolutamente excludentes.

3.6-Gula
Apesar de muitos considerarem este drama como exclusivamente relacionado ao apetite desenfreado por comida, seu sentido vai muito além dos simples prazeres gastronômicos. O desejo incontrolável por ter ou acumular mais do que precisa, seja o que for, é o traço típico do guloso. A Gula pelo poder, por querer aparecer mais do que merece, pelo dinheiro e por se impor social e pessoalmente, são comuns nestes casos. Percebemos que o guloso sempre se vê como um fraco, ou como um derrotado e frustrado por não ter suas espectativas de vida satisfeitas. Então, quando algum fator lhe é disponibilizado, tende a exagerar na “ingestão”do mesmo, seja comida, bens de consumo ou algum instrumento ilusório de poder .

A Gula é banida de nossas Colunas, pois todos Maçons são comedidos nos momentos que poderiam cucumbir às tentações da vontade. A temperança, auto-controle, moderação e serenidade são atributos básicos dos Irmãos. Todos sabem a parte real que lhe cabe, e se limitam a isso, seja em termos de alimentos – nas ágapes fraternais, que transcorrem na mais absoluta paz, respeito e harmonia- ou nas questões de qualquer natureza que envolvam os assuntos da Ordem.

O Irmão Orador simboliza nossa eterna batalha e vitória contra este instinto, pois atua no sentido de que todos tenham exatamente o que lhes é devido. É a aplicação da justiça e dos regulamentos, que a todos trata da mesma forma, impossibilitando a manifestação deste intrigante vício entre Colunas.

4.7-Luxúria
É um transtorno que vai muito além das questões relativas à sexualidade. Significa se entregar aos pequenos prazeres “carnais” ou físicos, à corrupção dos costumes e à quebra das tradições. Quando a pessoa se deixa levar pelos instintos primários mais elementares, está cedendo aos caprichos da Luxúria.

Na Maçonaria a barreira à luxúria se manifesta, em termos de paramentos, no magnífico simbolismo do avental. Um dos significados desta peça de uso obrigatório está associado à neutralização dos Chakras ou centros de energia que por ele são cobertos. O avental é um talismã ou escudo contra as tentações mais primitivas, representadas pelos pontos que se localizam no baixo ventre. Como todos usam avental nas Sessões, estão livres destas fraquezas. Assim podem se dedicar apenas aos estudos e aprimoramentos intelectuais e morais essenciais ao processo de evolução.

O Irmão Guarda do Templo representa outro escudo contra as eventuais tentativas de penetração da Luxúria nos trabalhos da Ordem, pois impede a entrada de elementos profanos ao Templo. Em nossos trabalhos imperam os efluxos do mundo sagrado do subconsciente, da alma e espírito, e as pulsões do mundo profano, voltadas ao consciente, dentre os quais pode estar a manifestação dos desejos mais rudimentares, obrigatoriamente ficam do pórtico para fora. Cada vez que o guardião brande sua espada, os Irmãos se sentem seguros e absolutamente protegidos das agruras externas.

4- CONCLUSÃO

Após esta pequena reflexão, concluimos que:

4.1- Os terríveis pecados capitais, aqui relembrados, e o ideal maçônico, que é a essência de nosso universo simbólico, se relacionam através de uma simples equação excludente: o Obreiro da Arte Real deve se manter absolutamente inacessível a estas fraquezas Não há espaço, entre Colunas, para comportamentos que sejam minimanente similares a estes vícios da alma .

4.2- Para reforçar este paradigma, garantindo a inviolabilidade de nossos espaços consagrados, a tradição simbólica dos tempos ancestrais nos apresenta alguns poderosos Irmãos como seus bravos guardiões e eternos defensores do espírito fraternal contra estes e quaisquer outros desvios de conduta, que poderiam distorcer a retidão do caminho a seguir.Estas magníficas ferramentas simbólicas , aqui analisadas, contribuem de maneira decisiva para a manutenção da postura maçônica da forma mais justa e perfeita, seja durante nossos trabalhos ritualísticos, seja quando estamos atuando em nossas vidas profanas.

4.3- A teoria aqui proposta, que se traduz nesta maneira adicional de interpretar o sentido simbólico destas funções ou cargos em Loja, pode contribuir para que todos relembrem, a cada sessão ritualística, nosso dever sagrado de nos mantermos absolutamente concentrados na retidão do caminho a seguir.

Desentendimentos entre irmãos

Pergunta:
“O irmão (...) é muito chato. Vive exigindo o rigoroso cumprimento do pagamento da mensalidade e outras questões administrativas. Tem hora que fico nervoso e isso causa desentendimentos entre nós. Acho que ele está errado ao agir assim e, diante desses fatos, vou denunciá-lo ao Mestre da Loja e, se não resolver, vou ao Tribunal de Justiça Maçônica”.
(omitimos, por razões claras, os nomes dos irmãos envolvidos e o nome da Loja. Este desencontro já foi solucionado e hoje eles convivem em harmonia em sua Loja. Publicamos esta resposta para que sirva como exemplo de que só o amor fraternal é capaz de vencer a discórdia e construir um grupo forte).
Resposta:
Caríssimo Mestre,
Antes de considerar as razões que você diz ter para denunciar o irmão à Loja e ao Tribunal de Justiça Maçônica vamos fazer uma reflexão sobre estes acontecimentos.
Preferimos não entrar no mérito daquilo que aconteceu. Mas, uma coisa é certa: somos irmãos da fraternidade universal. Portanto, o irmão pode até ter desencontros com outro irmão, mas no final, deve prevalecer a concórdia entre vocês.
Devemos ver o irmão com boa vontade para compreender que, embora de forma diferente, buscamos a perfeição. Nada é perfeito, exceto Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Será que podemos, nas relações pessoais, simplificar os fatos e dizer:
- Eu é que estou certo e ele, o errado?
Maçom e irmão são sentimentos análogos. Por isso a fraternidade deve ser levada ao grau máximo deste sentimento. Até repartir o pão, se for preciso. Quando vemos o outro com bom ânimo, é possível até uma inversão do nosso julgamento: podemos estar completamente errados e o outro certo. Ou não? Mesmo se a razão continuar negando nossa culpa, um ensinamento de Jesus Cristo pode orientar nosso juízo: o perdão.
Sim, por que não perdoar o erro do irmão e recomeçar a caminhada para, juntos, servir a quem precisa de nós? Afinal, irmão, a sociedade precisa da maçonaria unida nos propósitos de servir aos outros.
Às vezes, por intolerância, dizemos:
- Vou perdoá-lo, mas ele vai continuar fazendo igual. Perguntamos:
- Será que nos é permitido julgar e condenar o irmão?
O ensinamento maçônico diz que não. Recordamos, como exemplo, uma lição da maçonaria que ensina buscar a nossa perfeição, desbastando a ‘pedra bruta’. No entanto, muitas vezes buscamos a perfeição é no outro. Mas, o nosso mestre está é dentro de nós, guardado em nossa alma, aguardando ser desperto pelo amor ao próximo. O irmão carece da nossa compreensão para conseguir evoluir. Sejamos generosos neste aspecto.
Cada um de nós caminha numa velocidade pela vida; uns mais depressa, outros em passos mais lentos. Devemos regular nosso passo para caminhar junto com o irmão.

Outra observação: E se o irmão estiver numa fase difícil em sua vida? Poder ser, pois os problemas são comuns ao ser humano. Ninguém vive sem problemas. Comumente não tomamos conhecimento das dificuldades do outro.

Isso se dá pela falta de informação ou por desinteresse a respeito do irmão. Repetimos: ele pode estar lutando contra problemas naturais e difíceis de serem resolvidos sozinho: familiares, financeiros, saúde, sentimentais, emocionais e, até, existenciais. Nestes casos, por sermos irmãos, devemos ser aliados e não adversários.

A solução mais adequada, como maçons, é ajudar o outro a carregar a sua dificuldade. Andar mais mil quilômetros com ele, se assim for preciso, e esquecer a birra pessoal.

São muitas as perguntas que fizemos a você, irmão. Responda a você mesmo se vale à pena manter a polêmica com o irmão. Nossos corações se sentirão alegres se vocês, como Mestres Construtores que são, colocassem um fim em suas divergências e que o bem comum permanecesse acima das questiúnculas pessoais.

Por que usar a lei Maçônica para resolver questões pessoais se a concórdia pode prevalecer entre maçons. Acreditamos que vocês irão superar essas divergências pessoais.

A Mais Sublime Cerimônia


O progresso dentro da Maçonaria exige dos seus membros a passagem por tantas outras cerimónias de admissão nos graus; há contudo uma cerimónia que está acima da concessão de qualquer grau, e a mais sublime de todas elas, é a Cerimônia de Instalação.
Instalação é o acto pelo qual se dá posse de um cargo ou de uma dignidade: Investidura.
Chama-se Instalação somente aquela que concede o direito de exercer privilégios de um ofício. Em Maçonaria, diz-se do acto que inaugura uma Oficina devidamente autorizada e na qual é instalada a sua primeira administração. Os Oficiais de uma Loja, depois de sua eleição e antes de poderem exercer as suas funções, devem ser instalados. É, principalmente, a cerimónia pela qual os Grãos-Mestres e os Veneráveis são colocados no trono da sabedoria.
Os Oficiais de uma nova Loja são instalados pelo Grão-Mestre ou por algum ex-Venerável presente (Mestre Instalador), e o Venerável eleito instala então os oficiais subordinados.
É uma lei da Maçonaria que todos os oficiais se mantenham nos seus postos até serem instalados os seus sucessores.
A Instalação é uma cerimônia maçônica que entrou em uso desde os primeiros tempos da Maçonaria especulativa. Referindo-se à maneira de construir uma nova Loja, dizem as Constituições de 1723 que, depois de certos preliminares, "o Grão-Mestre, por certas cerimónias significativas e segundo os antigos usos, instalará (o primeiro Mestre) apresentando-lhe as Constituições, o Livro da Loja e os Instrumentos do seu ofício, não todos juntos, mas um por um; e depois de cada um deles, o Grão-Mestre ou seu Delegado, se referirá ao limitado e expressivo dever adequado ao objecto apresentado".
O Mestre Instalador, denominação dada à pessoa que realiza a chamada Cerimônia de Instalação, que devem ser submetidos Veneráveis e Grão-Mestres eleitos, obedecendo a regra maçónica que todo aquele que foi instalado num cargo pode instalar outro num cargo similar ou inferior.
Contudo, a estrita regra maçônica exige a presença de três Past-Masters na Instalação de um Venerável. Past-Master é o titulo dado na Maçonaria anglo-saxónica ao ex-Venerável de uma Loja Simbólica, significando que já "passou" pela cadeira do Rei Salomão. No Brasil, o título foi adoptado pelas Grandes Lojas, enquanto no Grande Oriente se diz "ex-Venerável". Ao término do seu mandato, o Venerável transmite o cargo a outro Mestre eleito regularmente pelos membros do quadro, passando a ser então um ex-Venerável ou Past-Master, isto é, aquele que já foi Mestre ou Venerável e conservando, naturalmente, quando for o caso, a sua condição de Mestre Instalado. O primeiro Venerável de uma Loja somente pode ser Instalado por um Grão-Mestre, ou por um Past-Master especialmente indicado para actuar como seu substituto.
PARA SER VENERÁVEL DE UMA LOJA
O Venerável Mestre deve ter estudado a ciência maçônica e desempenhado os postos e dignidades inferiores. É necessário que possua um conhecimento profundo do homem e da sociedade, além de um carácter firme, mas razoável. As atribuições e deveres dos Veneráveis são muitos e de várias índoles e acham-se definidos e detalhados com precisão, de acordo com o Rito, a Constituição, o Código Maçônico, Leis e Resoluções da Potência de sua jurisdição, os decretos e Actos do Grão-Mestre, o Regulamento Particular e as deliberações da Loja.
Segundo o Ir.'. Gonzáles Ginório, da Venezuela, para ser Venerável Mestre de uma Oficina Maçônica, e por conseguinte tornar-se o guia dos Irmãos que compõem a sua Loja, o candidato deve possuir os seguintes predicados:
Sentir-se Maçon, de preferência a qualquer outra formação doutrinária;
Não ser indiscreto, injusto ou indiferente;
Não estar despido de entusiasmo e de espírito;
Não ser indisciplinado, intolerante, inconformado e irascível;
Não ser invejoso, apaixonado, rancoroso e intrigante;
Ser estudioso e não superficial;
Não alardear e abusar de sua inteligência;
Não cabalar em eleições;
Não pedir, suplicar ou de qualquer forma desejar posições.
Há sem dúvida um Sinal infalível: o verdadeiro candidato para o posto governante de sua Loja é o Maçon que não pede cargo; não o cobiça e que, aspirando essa exaltação como um ideal, não se julga merecedor dela. Sentir-se sem mérito para um posto de preeminência é apreciar a dignidade do cargo e começar a ser merecedor do mesmo.
Conhecidos os pré requisitos que deve possuir um Venerável Mestre, devem os Mestres maçons, instalados ou não, procurarem nas suas Oficinas Irmãos que atendam a estas condições para que possam ser "o Pai, o Conselheiro, o Chefe e para tanto, deve ser aquele que harmoniza e pacifica; aquele agente transformador, aquele que, transformando-se, ajuda o seu Irmão também transformar-se; que passa a viver e representar a vontade da maioria sem impor a sua própria vontade". Essa reunião de elementos concretos ou abstractos de um todo, só reúne um líder que "mobiliza" os Irmãos a seu favor, que define as metas, mostra os caminhos e faz com que todos tenham vontade e orgulho de caminhar a seu lado.
Para ser claro, ser Venerável Mestre de uma Loja requer que o Mestre maçon, regularmente Iniciado, Elevado e Exaltado, possua:
reputação ilibada;
seja sincero e verdadeiro;
seja afável no trato, inabalável, firme, arraigado, constante, intrépido e intransigente em seus princípios;
seja amante da sabedoria;
versado na nobre ciência da Arte Real, e
ter sido legalmente eleito pelos Mestres Maçons de sua Loja.
É na Oficina que se forja o homem maçon que irá zelar pelos destinos maiores da Sublime Instituição.
O cargo de Venerável é eletivo e temporário. O exercício do cargo de Venerável dignifica seu ocupante, por ter sido escolhido entre os seus pares para a distinção de representá-los e conduzi-los à continuidade, visto, pois, como iluminado para a direcção dos trabalhos, e tudo com sabedoria precisa para a orientação dos obreiros do quadro.
Na essência, o Venerável Mestre é um coordenador, um instrumento gerador de frequência, de vibração, um modelo organizador, mediador, aglutinador, preceptor, é com certeza um líder, tendo por princípio ser possuidor de grandes virtudes, e não um mandante, decisor, chefe ou ditador, mesmo porque lhe cabe manter a união do grupo, a harmonia do todo, o exemplo da conduta maçónica. É só ter a coragem de enxergar as coisas como elas são, sem ter a mente embaçada, pelo conformismo, e saber diferenciá-los. Mas isto tudo não se completará se o Venerável se esquecer da humildade e do senso de justiça que o cargo exige.
Se não for possível ao Irmão ter certeza de possuir os pré requisitos de um Venerável Mestre ou, ainda, as qualidades de um Mestre Instalado, não deve aceitar o Primeiro Malhete de sua Oficina.
Este Mestre deve ser o exemplo da conduta moral e espiritual de uma comunidade maçónica, pois este é o seu destino, assumido de livre e espontânea vontade. Deverá ser o espelho de sua Oficina ou sua Oficina seu espelho. Deverá ser um exemplo no cumprimento das Leis, Regulamentos, Regimentos, etc., que regem a Sublime Instituição, não descurando, no mínimo detalhe, da ritualística.
Concluindo, diríamos que, somente seremos fortes, individual e colectivamente, no dia em que conhecermos nossas fraquezas e nos dispusermos ao trabalho de sustentação das Colunas, suporte, amparo, e apoio do Venerável Mestre de nossa Augusta e Respeitável Loja Simbólica, pois sabemos que o homem se mantém e cresce na proporção da força do apoio de seus Irmãos.

Artigo do I:. Valdemar Sansão

Reflexão: Ninguém é Insubstituível

Ninguém é insubstituível.
*Celia Spangher

A sala de reunião de uma multinacional o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: “ninguém é insubstituível” . A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? – o CEO encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substitui o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato?Faria Lima ? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar. E portanto são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar “seus gaps”.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranoico.
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se você ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande.
E na sua gestão o mundo teria perdido todos esses talentos.
Nota do Blogueiro:
Eu sou suspeito por falar de Beethoven, pois gosto muito de musica erudita e tbm sou fã de sua obra, e pra mim foi o melhor compositor de todos os tempos, atingindo o ápice da criatividade e nos introduzindo ao romantismo musical.
Ainda temos essa cultura coronelista aqui no Brasil, onde o chefe é um ditador e impõe seu poder atraveś de repreensões e ameaças.
Infelizmente só dão o devido valor ao profissional quando e mesmo ja esta fora da empresa. Ou seja, a velha história, somente quanto se perde, e que damos valor.
E tem mais: Tem uma frase muito pertinente a este assunto.
"As pessoas não são insubstituiveis mas são inigualáveis"
- Tivemos Ayrton Senna, mas quem vai dizer que Schumacker é ruim? E Nelson Piquet, Emerson, Niki Lauda, Alain Prost, ou seja cada um tem seus detalhes que jamais serão encontrados em outros.
E se for falar de exemplos, temos inúmeros: Pelé, Maradona enfim......
Isto se aplica no trabalho, temos um talento, alguém de uma técnica fora de série, mas com certeza irá aparecer outro bom funcionário. Mas os detalhes daquele talvez nunca mais vá aparecer.
Abraços

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Que é Maçonaria

Click Aqui:
http://www.aminternacional.org/MaconariaSerrania.ppt

A ORAÇÃO DA CONTROVÉRSIA


Meus Irmãos


O texto que apresentamos é uma oração feita pelo Reverendo Joe Wright quando da abertura dos trabalhos do Senado em 23 de janeiro de 1996, em Wichita, estado do Kansas, nos EUA.

Embora seja uma oração que reflete a verdade sobre como a humanidade terrena tem agido e vivido no decorrer dos tempos, vamos chamá-la aqui de "A Oração da Controvérsia"

Essa oração causou tamanha discórdia junto aos parlamentares presentes naquela ocasião, os quais sentiram-se ofendidos e criticaram seu teor, classificando-a como uma "mensagem de intolerância".

Ela foi proferida nos EUA, mas poderia ter ocorrido em qualquer parte do Planeta Terra.

E certamente causa polêmicas junto àqueles que se sentem incomodados.

Vamos a ela:

"Senhor, viemos diante de Ti neste dia, para Te pedir perdão e para pedir a tua direção e liderança.

Sabemos que a tua Palavra disse: 'Cuidado com aqueles que chamam o mal de bem', mas é exatamente isso que temos feito.

Temos perdido o equilíbrio espiritual e subvertido os nossos valores.

Exploramos os pobres e temos chamado a isso de "sorte".

Temos recompensado a preguiça e chamamos a ela de "Ajuda Social".

Temos cometido abortos e chamamos a isso de “livre escolha".

E chamamos de "justiça" ao sacrificarmos os que são a favor do aborto.

Temos sido negligentes ao disciplinar os nossos filhos e chamamos a isso de “desenvolver a sua auto-estima”.

Temos abusado do poder e chamamos a isso de "política".

Temos cobiçado os bens dos outros e classificado isso como "ter ambição".

Nós temos poluído os meios de comunicação com muita grosseria e pornografia e chamamos a isso de "liberdade de expressão".

Nós temos ridicularizado os valores ensinados desde há muito tempo pelos nossos antepassados, classificando-os como "obsoleto e passado".

Oh Deus!, olha no íntimo de nossos corações; purifíca-nos e livra-nos dos nossos pecados.

Eu Te peço isso, oh Senhor, em nome de Teu Filho, o Amado Salvador, Jesus Cristo.

Amém.

"Para que se tenha noção da repercussão dessa oração, no decorrer das 6 semanas seguintes, a "Central Christian Church", onde o Reverendo Wright trabalha, recebeu mais de 5 mil chamadas telefônicas de apoio e agadecimento, sendo que apenas 47 delas foram desfavoráveis. A Igreja recebe desde então pedidos de pessoas de várias partes do mundo para que o Reverendo Wright ore por elas.

Paul Harvey, conhecido radialista dos EUA, difundiu a oração em seu programa de rádio "The Rest of the Story" (O Resto da História), recebendo uma acolhida que superou todas suas outras transmissões.

NOTA: O interessante é que a oração cabe ao nosso Brasil Varonil também, como cabe a qualquer país atualmente. Prova de que a família está falindo completamente desestruturada, egoísta, individualista e gerando seres cada vez piores. Que Deus nos proteja sempre mesmo.

Um abraço

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Confraternização Universal I

Também conhecido como Dia da Fraternidade Universal ou Dia Mundial da Paz, o mundo celebra o Dia da Confraternização Universal em primeiro de janeiro. A data foi instituída pelo Papa Paulo VI, em 8 de dezembro de 1967, com a seguinte mensagem:

Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, dominando o processo da história no futuro.

A cada ano, o Papa da igreja católica prepara uma mensagem temática para comemorar a data. Em 2009, o tema foi o combate à pobreza. Uma lista completa dos temas pode ser encontrada na Wikipédia. Independentemente de etnia, credo ou nacionalidade, deseja-se paz ao mundo e ao próximo, cultivando-se esperanças de que o ano que se inicia seja pleno de amor e compreensão. Faça uma pausa, ainda que de meio minuto, para cultivar bons pensamentos e sentimentos não apenas por si, ou pela sua família, mas pela humanidade.

No Brasil, a chegada do ano-novo acontece em meio a simbologias diversas: a queima de fogos de artifício, o uso da cor branca nas vestimentas; na culinária, temos a presença de determinados alimentos como lentilha e romã, e pratos como rabanada, entre outros. Esses rituais têm o objetivo de trazer sorte para o ano que se inicia.

No litoral, as pessoas têm o costume de dirigir-se às praias onde, em meio às comemorações, são feitas oferendas a Iemanjá, divindade que na umbanda - uma forma de culto religioso de origem afro-brasileira - é considerada a rainha do mar.

Promover a paz tornou-se uma condição de sobrevivência. Se continuarmos com essa sociedade de competição, de liberdade só para quem tem poder e dinheiro, de produção de miséria, certamente caminharemos aceleradamente para a destruição mútua e geral.

O primeiro dia do ano pode significar uma nova esperança, com uma nova atitude.

Será que definitivamente não é possível que nós humanos nos entendamos?

A Paz e a Confraternização Universal merecem uma reflexão!

Confraternização Universal II



O primeiro dia do ano pelo calendário da Era Comum foi escolhido pela Organização das Nações Unidas para promover a fraternidade universal. Para todos os povos, é tempo de recomeçar.

A chegada de um ano sempre desperta a expectativa pela abertura de um novo ciclo, cheio de transformações. Essa época, verbos como recomeçar, reconstruir, repensar e tantos outros “re” parecem fazer mais sentido do que no restante do tempo. Simpatias e tradições reforçam ainda mais esses significados em torno da festa: comer lentilha, pular ondas, vestir branco.

Ao brindar o recomeço, além de sorte, também são bem-vindos os desejos de paz e fraternidade.

Em 1968, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem lançando a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz. No texto, sugeria que esta não fosse uma comemoração exclusivamente católica, mas que ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”.

Ainda que desde 1981 o Dia Internacional da Paz seja comemorado em 21 de setembro, a data de 1º de janeiro é reconhecida pela ONU como o Dia da Confraternização Universal, ou seja, do diálogo e da paz entre os povos.

Novo ciclo

A palavra francesa Reveillon significa “acordar” e era usada no século 17 para designar jantares longos e chiques realizados durante o ano.

Com o tempo, acabou popularizando-se como sinônimo da festa de passagem de ano.A comemoração do Ano-Novo tem sua origem intimamente ligada à natureza.

Dois mil anos antes da era cristã, os antigos babilônios festejavam a entrada de um novo ciclo anual no início da primavera no hemisfério norte, que equivaleria ao dia 23 de março do calendário cristão.

Nessa época, era feita a plantação de novas safras, daí a noção de reinício, preservada até hoje.

Já os gregos celebravam o início de um novo ciclo entre 21 e 22 de dezembro, mas o ritual também representava o espírito da fertilidade.

A festa era pelo renascimento anual do deus Dionísius, a quem homenageava-se desfilando com um bebê em um cesto.

Os egípcios comemoravam o Ano-Novo quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós.

A data (16 de julho no calendário cristão) marcava o começo da enchente anual do rio Nilo.

Datas diferentes, sentidos iguais.

Na China, a passagem do ano cai no fim de janeiro ou início de fevereiro, porque segue-se o calendário lunar.

Os judeus têm sua celebração de Ano-Novo no primeiro dia do mês de Tishrei, primeiro mês do calendário judaico (meados de setembro ou começo de outubro): é o Rosh Hashaná, a “festa das trombetas".

Para os islâmicos, o ano novo cai em maio, pois a contagem islâmica corresponde ao aniversário da Hégira (que em árabe significa emigração), cujo ano zero corresponde ao 622 da era cristã, ocasião em que o profeta Maomé deixou a Cidade de Meca e se estabeleceu em Medina.

Independentemente de crença ou data, o começo de um novo ciclo é um convite para que se repense e se qualifique a relação com o próximo e com o mundo.

Feliz 2010!

Nota do Blog: Que em 2010, o sentido da paz muito falado no dia de hoje possa transparecer todos os outros dias do ano, afinal não "se paga" nada para promover a paz. Feliz 2010 com muita esperança na construção de dias melhores para todos nós.