segunda-feira, 19 de setembro de 2011

União de Lojas

Saudações estimado Irmão,
o sucesso nas Campanhas é garantido quando há a
UNIÃO DE LOJAS



Uma simples palavra esclarece muito o entendimento de um assunto. Veja como muda o sentido da instrução: a) O candidato é iniciado em uma Loja Maçônica. b) O candidato é iniciado por uma Loja Maçônica. A diferença está no resultado final. Se compreendermos que o candidato foi iniciado em uma Loja, ele se torna membro daquela Loja. Já a Iniciação Maçônica feita por uma Loja, insere um novo membro na Sublime Ordem. Pode parecer questão de semântica ou uma dúzia de doze. Não é! Há sutilezas em cada detalhe de nossos Rituais. É imprescindível que insistamos na instrução que as Lojas são apenas divisões administrativas e que ritos são apenas caminhos. A Maçonaria deve ser vivenciada na integralidade do conceito de Oficinas espalhadas por todos os recantos da Terra. O substantivo OFICINA em si já nos remete a TRABALHO, ou seja, labor maçônico. Freqüentar outras Lojas é uma obrigação, primeiro que você se predispõe a aprender alguma coisa, segundo que a sua presença possa ser o caminho para a solução de um problema de algum Irmão. Freqüentar sempre a mesma Loja é igual ler somente os livros que temos em casa, uma hora o conteúdo se esgota. E sejamos sinceros, todas as Lojas tem suas limitações. Limitações que vão desde um Quadro de Obreiros reduzidos, a falta de Irmãos com qualificação especifica em alguma área. Isto não é um problema, é uma realidade. Problemas lamentamos, realidades transformamos. O primeiro passo é a união de Lojas. Há uma salutar “febre” de atividades sociais-políticas-fraternais promovidas pelas Lojas brasileiras. Ótimo! Parabéns! PORÉM o resultado pode ser maior se houver a integração de Irmãos de Quadros diferentes. Uma determinada Loja se dispõe em promover um campanha para comprar fraldas e doar a um asilo. Coisa simples; cada Irmão doa XY de reais, juntando tudo deu para comprar 2.000 fraldas, por exemplo. Às vezes na Loja que se reúne no dia seguinte, tem um Irmão que sendo comerciante poderia comprar direto da fábrica, com o mesmo valor uma quantidade de 30 a 50% a mais, neste exemplo seria de 600 a 1.000 fraldas extras. A Irmandade Maçônica desconhece as restrições impostas pela estrutura física das Lojas. Cada Irmão deve se conscientizar que foi iniciado NA Maçonaria, portanto os valores, direitos e deveres assumidos são pessoais e disponibilizados sempre que se fizer justo e necessário. As Lojas não podem ser “casulos” e com todo respeito, eu não conheço nenhuma que seja “auto-suficiente”. É imprescindível neste momento de nossa história que as Lojas se unam em projetos e AÇÕES. A união de Lojas nas Campanhas mantém a independência administrativa e potencializa a ação, com certeza os resultados ultrapassam a simples somatória das partes. Gosto sempre de mostrar exemplos para que os Irmãos compreendam que não é simples teoria, mas uma realidade prática. Duas Lojas de ritos diferentes com dia de reuniões diferentes se uniram, criando a “Fraterna Amizade”, assim registrado em diploma: “Fica registrado para as futuras gerações que, em 22 de agosto de 2011, em Sessão Ritualística Conjunta, os Obreiros das Lojas Maçônicas Presidente Roosevelt 025 (REAA) e Fraternidade e Justiça 32 (Rito de York) pactuaram trabalhar juntos em prol de nossa Sublime Instituição. A partir de então o poderoso Irmão (nome do Irmão) e os demais de ambos os Quadros serão reconhecidos reciprocamente não apenas como Irmãos, mas também como Grandes Amigos.” . O Irmão Henry Ford nos deixou este importante ensinamento: “Unir-se é um bom começo, manter a união um progresso, e trabalhar em conjunto é a vitória.” Pensem bem, a união garante nosso crescimento, o isolamento é o primeiro passo para o aniquilamento.


Sds,
Cícero Gabriel Sandes de Oliveira

O Templo de Salomão, O Templo de Zorobabel e O Templo de Herodes .‏

O Templo de Salomão

O Rei Davi anelava construir uma casa para Jeová, que abrigasse a arca do pacto, que ‘morava no meio de panos de tenda’. Jeová se agradou da proposta de Davi, mas disse-lhe que, uma vez que Davi tinha derramado muito sangue na guerra, seu filho (Salomão) teria o privilégio de fazer tal construção. Isto não queria dizer que Jeová não aprovava as guerras que Davi travara a favor do Seu nome e de Seu povo. Mas o templo devia ser edificado em paz, por um homem de paz. — 2Sa 7:1-16; 1Rs 5:3-5; 8:17; 1Cr 17:1-14; 22:6-10.
Custos
Mais tarde Davi comprou a eira de Ornã (Araúna), o jebuseu, no monte Moriá, para ali ser construído o templo. (2Sa 24:24, 25; 1Cr 21:24, 25) Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir de sua fortuna pessoal 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata. Recebeu também, como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1Cr 22:14; 29:3-7) Este total, de 108.000 talentos e 10.000 daricos de ouro e 1.017.000 talentos de prata, valeria US$ 48.337.047.000 em valores atuais. Seu filho Salomão não gastou a inteira quantia na construção do templo; o restante ele depositou no tesouro do templo. — 1Rs 7:51; 2Cr 5:1.
Trabalhadores
O Rei Salomão começou a construir o templo para Jeová no quarto ano de seu reinado (1034 AEC), no segundo mês, zive, seguindo o plano arquitetônico que Davi recebera mediante inspiração. (1Rs 6:1; 1Cr 28:11-19) O trabalho prosseguiu por sete anos. (1Rs 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra, e um perito especial, também chamado Hirão, cujo pai era tírio e cuja mãe era uma israelita da tribo de Naftali. Este homem trabalhava muito bem com ouro, prata, cobre, ferro, madeira, pedras e tecidos. — 1Rs 5:8-11, 18; 7:13, 14, 40, 45; 2Cr 2:13-16.
Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em turmas de 10.000 por mês, com direito à permanência de dois meses em casa, entre as escalas. (1Rs 5:13, 14) Como carregadores, convocou 70.000 dentre os “residentes forasteiros” do país, e, como cortadores, 80.000. (1Rs 5:15; 9:20, 21; 2Cr 2:2) Como capatazes do serviço, Salomão nomeou 550 homens e, pelo visto, 3.300 como ajudantes. (1Rs 5:16; 9:22, 23) Aparentemente, dentre estes, 250 eram israelitas e 3.600 “residentes forasteiros” em Israel. — 2Cr 2:17, 18.
Dimensão do “côvado” usado
Na consideração que se segue, a respeito das medidas dos três templos — construídos respectivamente por Salomão, Zorobabel e Herodes — calcularemos essas medidas à base do côvado de 44,5 cm. No entanto, é possível que eles tenham usado o côvado mais longo, de cerca de 51,8 cm. — Veja 2Cr 3:3 (onde fala de um “comprimento em côvados, segundo a medida anterior”, esta talvez sendo uma medida mais longa do que o côvado que veio a ser comumente utilizado) e Ez 40:5.
O plano e os materiais
O templo, uma mui esplêndida estrutura, seguia o plano geral do tabernáculo. Contudo, as dimensões internas do Santo e do Santíssimo eram maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santíssimo era um cubo de 20 côvados de lado. (1Rs 6:20; 2Cr 3:8) Adicionalmente, havia câmaras, sobre o Santíssimo, que tinham aproximadamente 10 côvados (4,5 m) de altura. (1Cr 28:11) Havia também uma estrutura lateral, ao redor do templo, em três lados, contendo câmaras de armazenagem, e assim por diante. — 1Rs 6:4-6, 10.
Os materiais usados eram, primariamente, pedra e madeira. Os pisos desses aposentos eram revestidos de junípero; as paredes internas eram de cedro gravado com entalhes de querubins, palmeiras e flores; as paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Rs 6:15, 18, 21, 22, 29) As portas do Santo (à entrada do templo) eram de junípero — esculpidas e revestidas de lâminas de ouro. (1Rs 6:34, 35) Portas de madeira de oleastro, também esculpidas e revestidas de ouro, davam entrada do Santo para o Santíssimo. Qualquer que tenha sido a sua posição exata, essas portas não substituíam plenamente o arranjo de cortinas que estava em uso no tabernáculo. (Compare isso com 2Cr 3:14.) Dois gigantescos querubins de madeira de oleastro, revestidos de ouro, ocupavam o Santíssimo. Sob estes foi colocada a arca do pacto. — 1Rs 6:23-28, 31-33; 8:6.
Todos os utensílios do Santo eram de ouro: o altar do incenso, as dez mesas dos pães da proposição e os dez candelabros, junto com seus acessórios. Ao lado da entrada do Santo (o primeiro compartimento), erguiam-se duas colunas de cobre, chamadas “Jaquim” e “Boaz”. (1Rs 7:15-22, 48-50; 1Cr 28:16; 2Cr 4:8.) O pátio interno era construído de pedra e de cedro de excelente qualidade. (1Rs 6:36) Os acessórios que havia no pátio — o altar dos sacrifícios, o grande “mar de fundição”, dez carrocins para bacias de água, e outros utensílios — eram de cobre. (1Rs 7:23-47) Havia refeitórios no perímetro dos pátios. — 1Cr 28:12.
Um notável aspecto da construção deste templo era que toda pedra havia sido cortada na pedreira, de modo a ajustar-se com perfeição no local do templo. “Quanto a martelos e machados, ou a quaisquer outros instrumentos de ferro, não eram ouvidos na casa, enquanto estava sendo construída.” (1Rs 6:7) O trabalho foi concluído em sete anos e meio (da primavera setentrional de 1034 AEC ao outono setentrional [bul, o oitavo mês] de 1027 AEC). — 1Rs 6:1, 38.
Inauguração
No sétimo mês, etanim, pelo visto no 12.° ano do reinado de Salomão (1026 AEC), Salomão congregou os homens de Israel em Jerusalém para a inauguração do templo e a Festividade das Barracas. Foi trazido o tabernáculo, com seu mobiliário sagrado, e a arca do pacto foi colocada no Santíssimo. Nisto, a nuvem de Jeová encheu o templo. Daí Salomão bendisse a Jeová e abençoou a congregação de Israel, e, de pé numa tribuna especial diante do altar de cobre do sacrifício, proferiu uma longa oração, louvando a Jeová e suplicando sua benevolência e misericórdia a favor daqueles que se voltassem para Ele, a fim de temê-Lo e servi-Lo, fossem eles israelitas ou estrangeiros. Um grandioso sacrifício de 22.000 bovinos e 120.000 ovinos foi oferecido. A inauguração demorou 7 dias, e a Festividade das Barracas 7 dias, após o que, no dia 23 daquele mês, Salomão mandou que o povo voltasse para casa, alegre e agradecido pela bondade e liberalidade de Jeová. — 1Rs 8; 2Cr 5:1–7:10.
História
Este templo durou até 607 AEC, quando foi destruído pelo exército babilônico chefiado pelo Rei Nabucodonosor. (2Rs 25:9; 2Cr 36:19; Je 52:13) Por causa do desvio de Israel para a religião falsa, Deus permitiu que as nações fustigassem Judá e Jerusalém, às vezes despojando o templo de seus tesouros. O templo sofreu também períodos de negligência. O Rei Sisaque, do Egito, roubou os tesouros do templo (993 AEC) nos dias de Roboão, filho de Salomão, apenas uns 33 anos após a inauguração. (1Rs 14:25, 26; 2Cr 12:9) O Rei Asa (977-937 AEC) respeitava a casa de Jeová, mas, para proteger Jerusalém, ele tolamente subornou o Rei Ben-Hadade I, da Síria, com prata e ouro dos tesouros do templo, para que este quebrasse seu pacto com Baasa, rei de Israel. — 1Rs 15:18, 19; 2Cr 15:17, 18; 16:2, 3.
Depois de o templo ter passado por um período de turbulência e negligência, o Rei Jeoás, de Judá (898-859 AEC), supervisionou a obra de reparos. (2Rs 12:4-12; 2Cr 24:4-14) Nos dias de seu filho Amazias, o Rei Jeoás, de Israel, saqueou o templo. (2Rs 14:13, 14) O Rei Jotão (777-762 AEC) realizou algumas obras de construção na área do templo, construindo o “portão superior”. (2Rs 15:32, 35; 2Cr 27:1, 3) O Rei Acaz, de Judá (761-746 AEC) não apenas enviou os tesouros do templo a Tiglate-Pileser III, rei da Assíria, como suborno, mas também poluiu o templo por construir um altar segundo o estilo de um existente em Damasco e substituir o altar de cobre do templo por este. (2Rs 16:5-16) Por fim, fechou as portas da casa de Jeová. — 2Cr 28:24.
O filho de Acaz, Ezequias (745-717 AEC) fez o que pôde para desfazer as más obras de seu pai. Bem no início de seu reinado, ele reabriu o templo e ordenou que fosse limpo. (2Cr 29:3, 15, 16) Contudo, mais tarde, com medo de Senaqueribe, rei da Assíria, ele arrancou as portas e ombreiras do templo, que ele mesmo mandara revestir de ouro, e enviou-as a Senaqueribe. — 2Rs 18:15, 16.
Mas, com a morte de Ezequias, o templo entrou num período de meio século de profanação e abandono. Seu filho Manassés (716-662 AEC) superou em iniqüidade a todos os anteriores reis de Judá, construindo altares “a todo o exército dos céus em dois pátios da casa de Jeová”. (2Rs 21:1-5; 2Cr 33:1-4) Na época do neto de Manassés, Josias (659-629 AEC), o outrora magnífico edifício estava num estado de abandono. Evidentemente achava-se numa condição desorganizada ou atravancada, pois, o fato de o sumo sacerdote Hilquias ter achado o livro da Lei (provavelmente um rolo original escrito por Moisés) foi uma descoberta emocionante. (2Rs 22:3-13; 2Cr 34:8-21) Depois dos reparos e limpeza do templo, foi celebrada a maior Páscoa desde os dias do profeta Samuel. (2Rs 23:21-23; 2Cr 35:17-19) Foi durante o ministério do profeta Jeremias. (Je 1:1-3) Daí em diante até a sua destruição, o templo permaneceu aberto e em uso pelo sacerdócio, ainda que muitos dos sacerdotes fossem corruptos.

O Templo Construído por Zorobabel


Conforme predito por Isaías, profeta de Jeová, este suscitou a Ciro, rei da Pérsia, como libertador de Israel do poderio de Babilônia. (Is 45:1) Jeová estimulou também seu próprio povo, sob a liderança de Zorobabel, da tribo de Judá, a retornar a Jerusalém. Fizeram isto em 537 AEC, depois de 70 anos de desolação, conforme Jeremias predissera, com o objetivo de reconstruir o templo. (Esd 1:1-6; 2:1, 2; Je 29:10) Esta estrutura, embora não fosse nem de longe tão gloriosa como o templo de Salomão, durou mais tempo, permanecendo por quase 500 anos, de 515 AEC até bem próximo ao fim do primeiro século AEC. (O templo construído por Salomão servira por cerca de 420 anos, de 1027 a 607 AEC.)
No seu decreto, Ciro ordenou: “Quanto a todo aquele que restou de todos os lugares onde reside como forasteiro, auxiliem-no os homens do seu lugar com prata, e com ouro, e com bens, e com animais domésticos, junto com a oferta voluntária para a casa do verdadeiro Deus, que havia em Jerusalém.” (Esd 1:1-4) Ciro também devolveu 5.400 vasos de ouro e de prata que Nabucodonosor havia tomado do templo de Salomão. — Esd 1:7-11.
No sétimo mês (etanim, ou tisri) do ano 537 AEC, o altar já estava erguido; e, no ano seguinte, foi lançado o alicerce do novo templo. Como Salomão fizera, os construtores contrataram sidônios e tírios para trazer cedros do Líbano. (Esd 3:7) A oposição, principalmente da parte dos samaritanos, desencorajou os construtores, e, depois de cerca de 15 anos esses opositores até mesmo incitaram o rei da Pérsia a embargar a obra. — Esd 4.
Os judeus haviam parado a construção do templo e se voltado para outros interesses, de modo que Jeová enviou seus profetas Ageu e Zacarias para incitá-los a renovar seus esforços, no segundo ano de Dario I (520 AEC), e, depois disso, expediu-se um decreto que apoiava a ordem original de Ciro e ordenava que se fornecesse dinheiro do tesouro real, para suprir as necessidades dos construtores e dos sacerdotes. (Esd 5:1, 2; 6:1-12) A construção foi reiniciada e a casa de Jeová foi concluída no dia 3 de adar do sexto ano de Dario (provavelmente 5 de março de 515 AEC), após o que os judeus inauguraram o templo reconstruído e celebraram a Páscoa. — Esd 6:13-22.
Pouco se sabe dos pormenores do projeto arquitetônico deste segundo templo. O decreto de Ciro autorizava a construção de certa estrutura, “sendo sua altura de sessenta côvados [c. 27 m], sua largura sessenta côvados, com três camadas de pedras roladas ao lugar e uma camada de madeiramento”. Não se declara o comprimento. (Esd 6:3, 4) Tinha refeitórios e salas de armazenagem (Ne 13:4, 5) e, sem dúvida, tinha câmaras no teto, e, possivelmente, havia outros prédios relacionados com ele, seguindo as mesmas linhas que o templo de Salomão.
Este segundo templo não continha a arca do pacto, que parece ter desaparecido antes de Nabucodonosor ter capturado e saqueado o templo de Salomão, em 607 AEC. Segundo o relato no livro apócrifo de Primeiro Macabeus (1:21-24, 57; 4:38, 44-51) havia um único candelabro nele, em vez dos dez que havia no templo de Salomão; mencionam-se o altar de ouro, a mesa dos pães da proposição e os vasos, bem como o altar da oferta queimada que, em vez de ser de cobre, como era no templo de Salomão, é descrito aqui como sendo de pedra. Este altar, depois de ser maculado pelo Rei Antíoco Epifânio (em 168 AEC), foi reconstruído com pedras novas sob a direção de Judas Macabeu.





O Templo Reconstruído por Herodes


Este templo não é descrito em pormenores nas Escrituras. A principal fonte de informações é Josefo, que viu pessoalmente a estrutura e relata a respeito de sua construção em The Jewish War (A Guerra Judaica) e Jewish Antiquities (Antiguidades Judaicas). A Míxena judaica supre alguns dados, e umas poucas informações são obtidas da arqueologia. Portanto, a descrição aqui feita provém dessas fontes, que, em alguns casos, podem estar sujeitas a dúvidas.
Em The Jewish War (I, 401 [xxi, 1]), Josefo diz que Herodes reconstruiu o templo no 15.° ano de seu reinado, mas, em Jewish Antiquities (XV, 380 [xi, 1]) ele diz que foi no 18.° ano. Esta última data é geralmente aceita pelos peritos, embora o início do reinado de Herodes, ou como Josefo o calculou, não seja confirmado com absoluta certeza. O próprio santuário levou 18 meses para ser construído, mas os pátios, e assim por diante, estavam em construção por oito anos. Quando certos judeus se dirigiram a Jesus Cristo, em 30 EC, dizendo: “Este templo foi construído em quarenta e seis anos” (Jo 2:20), esses judeus falavam, aparentemente, sobre a obra que prosseguia no complexo de pátios e de prédios até então. A obra só foi concluída uns seis anos antes da destruição do templo, em 70 EC.
Por causa de seu ódio e desconfiança contra Herodes, os judeus não lhe permitiram reconstruir o templo, como ele se propunha fazer, sem que antes tivesse tudo preparado para o novo prédio. Por este mesmo motivo, eles não consideravam este templo como o terceiro, mas apenas como um templo reconstruído, de modo que se referiam apenas a um primeiro e a um segundo templo (de Salomão e de Zorobabel).
Quanto às medidas fornecidas por Josefo, o Dictionary of the Bible (Dicionário da Bíblia), de Smith (1889, Vol. IV, p. 3203), diz: “As dimensões horizontais que ele fornece são tão minuciosamente exatas que nós quase que suspeitamos de que ele tinha diante dos olhos, ao escrever, alguma planta baixa do prédio, preparada no departamento do intendente-geral do exército de Tito. Constituem um estranho contraste com as dimensões que ele fornece da altura, as quais, com raras exceções, pode-se mostrar que são exageradas, geralmente duplicadas. Visto que todos os prédios foram derrubados durante o sítio, era impossível culpá-lo de ter errado a respeito das alturas.”
Colunatas e portões
Josefo escreve que Herodes dobrou o tamanho da área do templo, ampliando as laterais do monte Moriá com grandes muralhas de pedra e nivelando uma área no topo do monte. (The Jewish War, I, 401 [xxi, 1]; Jewish Antiquities, XV, 391-402 [xi, 3]) A Míxena (Middot 2:1) diz que o monte do Templo era um quadrado de 500 côvados (223 m) de lado. Na beirada da área havia colunatas. O templo dava para o L, como os anteriores. Ao longo deste lado havia a colunata de Salomão, que consistia em três fileiras de colunas de mármore. Foi ali que, em dada ocasião, no inverno, certos judeus se aproximaram de Jesus perguntando se ele era o Cristo. (Jo 10:22-24) Ao N e ao O também havia colunatas, ananicadas pela Colunata Real ao S, que consistia em quatro fileiras de colunas coríntias, 162 ao todo, com três corredores. A circunferência das colunas era tão grande que exigia três homens de braços estendidos para abraçar uma delas, e elas eram muito mais elevadas do que as outras colunatas.
Havia evidentemente oito portões que davam para a área do templo: quatro do lado O, dois ao S, e um de cada lado, ao L e ao N. Por causa desses portões, o primeiro pátio, o Pátio dos Gentios, também servia como passagem, sendo que os viajantes preferiam passar por ele em vez de circundar a área do templo.
Pátio dos Gentios
As colunatas cercavam a grande área chamada de Pátio dos Gentios, assim chamada porque se permitia que os gentios entrassem nele. Foi dali que Jesus, em duas ocasiões, uma delas mais para o início e a outra no fim de seu ministério terrestre, expulsou aqueles que tinham feito da casa de seu Pai uma casa de comércio. — Jo 2:13-17; Mt 21:12, 13; Mr 11:15-18.
Havia diversos pátios pelos quais se passava ao dirigir-se ao prédio central, o próprio santuário. Cada pátio sucessivo tinha maior grau de santidade. Passando pelo Pátio dos Gentios, a pessoa encontrava um muro de três côvados (1,30 m) de altura, com aberturas para passagem. No topo havia grandes pedras que traziam um aviso em grego e em latim. A inscrição grega rezava (segundo certa tradução): “Que nenhum estrangeiro ultrapasse a barreira e a cerca em torno do santuário. Quem for apanhado fazendo isso, será responsável por sua morte que virá como conseqüência.” (The New Westminster Dictionary of the Bible [O Novo Dicionário Bíblico de Westminster], editado por H. Gehman, 1970, p. 932.) O motim que envolveu o apóstolo Paulo no templo aconteceu porque os judeus espalharam o boato de que ele trouxera um gentio para dentro da área proibida. Esse muro nos é trazido à lembrança, embora Paulo usasse o termo “muro” em sentido simbólico, quando lemos que Cristo “destruiu o muro” que separava o judeu do gentio. — Ef 2:14 n; At 21:20-32.
Pátio das Mulheres
O Pátio das Mulheres se achava a 14 degraus acima. As mulheres podiam entrar ali para praticar a adoração. Entre outras coisas, o Pátio das Mulheres continha cofres do tesouro, perto de um dos quais Jesus se encontrava quando elogiou a viúva por ter dado tudo o que possuía. (Lu 21:1-4) Neste pátio havia também vários prédios.
Pátio de Israel e Pátio dos Sacerdotes
Quinze grandes degraus semicirculares conduziam ao Pátio de Israel, ao qual tinham acesso os homens que estivessem cerimonialmente limpos. Junto à parede externa deste pátio havia câmaras de armazenagem.
A seguir vinha o Pátio dos Sacerdotes, que correspondia ao pátio do tabernáculo. Nele havia o altar, feito de pedras não lavradas. De acordo com a Míxena, era um quadrado de 32 côvados (14,2 m) de lado em sua base. (Middot 3:1) Josefo dá uma medida maior. (The Jewish War, V, 225 [v, 6] ) Os sacerdotes chegavam ao altar por meio dum plano inclinado. Usava-se também uma “bacia”, segundo a Míxena. (Middot 3:6) Ao redor deste pátio também havia prédios.
O prédio do templo
Como o anterior, o templo em si consistia basicamente em dois compartimentos, o Santo e o Santíssimo. O piso deste prédio se situava a 12 degraus acima do Pátio dos Sacerdotes. Como no templo de Salomão, construíram-se câmaras nas laterais deste prédio e havia uma câmara superior. A entrada era fechada por portas de ouro, cada qual de 55 côvados (24,5 m) de altura e 16 côvados (7,1 m) de largura. A parte dianteira do prédio era mais larga do que a de trás, tendo asas ou “rebordos” que se estendiam por 20 côvados (8,9 m) de cada lado. O interior do Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento e 20 côvados de largura. No Santo havia o candelabro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso — todos de ouro.
A entrada do Santíssimo era uma grossa cortina, ou véu, lindamente ornamentada. Por ocasião da morte de Jesus, esta cortina se rasgou em duas partes, de alto a baixo, expondo o Santíssimo como não contendo a arca do pacto. Em lugar da arca havia uma laje de pedra em que o sumo sacerdote aspergia o sangue no Dia da Expiação. (Mt 27:51; He 6:19; 10:20) Este compartimento tinha 20 côvados de comprimento e 20 de largura.
Os judeus utilizaram a área do templo como cidadela, ou fortaleza, durante o cerco romano contra Jerusalém, em 70 EC. Eles mesmos atearam fogo nas colunatas, mas um soldado romano, contrariando a vontade do comandante romano, Tito, ateou fogo ao próprio templo, cumprindo assim as palavras de Jesus referentes aos prédios do templo: “De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.” — Mt 24:2; The Jewish War, VI, 252-266 (iv, 5-7); VII, 3, 4 (i, 1).
Copyright @ Secretaria Geral de Educação e Cultura do GOB.

Ronaldo Costa.·.
M.·.I.·. DA GLMERJ

A Maçonaria Melhora‏

A Maçonaria não transforma más pessoas em boas pessoas, transforma homens bons em melhores.



A Maçonaria não tem o condão de transformar entulho em boas pedras, as boas pedras nascem boas e aquelas que têm fissuras sucumbem ao golpe do cinzel.



Assim é o homem maçom, que ao ter que melhorar através do auto-aprimoramento, se não consegue, sucumbe ao primeiro golpe daquele cinzel simbólico que são as ...nossas regras simples e fáceis, e é por isso que estamos caminhando para as águas lodosas do vício – por sucumbir à tentação de realizar regras e leis, ao invés de ELIMINAR peçonhentos das nossas Lojas. Algumas vezes conseguimos.

Maçonaria é Caminhada

Maçonaria é Caminhada de Charles Evaldo Boller


Sinopse: Incentivo a caminhada maçonicamente orientada.

Pode-se descrever a Maçonaria como instituição de formação cívica, moral, escola de deveres, ciência de busca da verdade divina, instituição orgânica de moralidade com objetivo de eliminar ignorância, realizar filantropia, combater vícios e inspirar amor na humanidade. Mas Maçonaria não é definível. Isto porque abrange todo o conhecimento humano conhecido e desconhecido. A marcha do simbolismo representa esta diversidade do pensamento como o sair da reta e retornar para ela. Cabe ao maçom duvidar de verdades, modifica-las e retornar fortalecido para a reta, em direção à sabedoria. O vaivém da dúvida define a Maçonaria Especulativa, a especulação do pensamento lato, a busca na racionalidade em respostas a questões que orientam e constroem o homem.

Inicialmente o maçom lida com o "conhece a ti mesmo", de Sócrates. Caminha na reta, busca conhecer-se. Aperfeiçoa o intelecto na materialidade onde se identifica como indivíduo. Desbasta a pedra bruta em sua manifestação material. Especula em torno de um espírito de condição melhorada onde desenvolve a admiração ao conceito de Grande Arquiteto do Universo. É caminhada para a espiritualidade. Vê a luz da sabedoria que solicitou ver e inicia uma amizade com esta sabedoria. Num segundo estágio trabalha o "penso, logo existo", de Descartes. Pensar é ser. O pensamento vai mais longe. Diagnostica o ser, transcende a si mesmo. Busca metas e conhecimentos fora da reta. Começa a especular e, com isso, adivinha outras belezas que o conhecimento ainda não determinou. Descobre que o pensamento busca a luz que solicitou e consubstancia riquezas que o tirano não pode usurpar. Busca o conteúdo interno da pedra que tende a transformar-se em pedra polida na relação direta com que especula sua realidade e razão de ser. Torna-se ainda mais amigo da sabedoria.

A Maçonaria Especulativa tem por objetivo espalhar os pensamentos da ordem maçônica para todos os cantos da Terra e é essencialmente conspiratória. Conspirações que, pelo pensamento especulativo iluminista mudou profundamente o desenho político nos séculos dezessete e dezoito onde promoveu a independência de países e fomentou a Democracia. Maçons especularam em templos maçônicos e realizaram magníficas obras em prol da sociedade. Não guardaram segredo da ação maçonicamente orientada. Divulgaram e agiram conforme o que debateram nos templos.

Maçom! Não permita que o fogo da Maçonaria Especulativa se apague dentro de ti. Não te restrinja ao cumprimento automático de rituais e estudos obrigatórios ou esqueça-se da essência do pensamento especulativo de onde nasce a capacidade de mudar a si mesmo e à sociedade. Teu dever é opor-se a obscurantismo, despotismo e tirania. Coloque em prática o que desenvolve em loja. Continue cada vez mais amigo da sabedoria, do grego "philos" "sophia". Ser maçom é filosofar! Para divulgar a filosofia da Maçonaria use de todos os meios disponíveis de comunicação. Os pensamentos que iniciam dentro de loja devem continuar em todos os recantos e até no espaço cibernético. Não divulgar o que se especula e conspira em loja torna sem propósito o reunir-se em templos maçônicos. O maçom especulativo livre não permite que lhe calem ou subjuguem o direito de pensar e expor seus pensamentos especulativos onde quer que seja! Romper com esta obrigação tomada por juramento é falhar consigo mesmo e a sociedade.

A caminhada pelo simbolismo da Maçonaria é o ensino fundamental no Rito Escocês Antigo e Aceito. Outras portas são abertas, numa preparação que pode levar até quinze anos para se chegar ao doutorado e então iniciar outra caminhada, com outros alvos de servir a Maçonaria Especulativa, a si mesmo, aos irmãos e a sociedade. A caminhada para manter vivas as três colunas do simbolismo que suportam o Rito Escocês Antigo e Aceito honram e glorificam a criação do Grande Arquiteto do Universo. Isto não se faz sem tornar-se amigo íntimo da sabedoria e divulgar a filosofia da Maçonaria a todos os cantos da Terra.


Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, autor, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61 anos de idade.

Loja Apóstolo da Caridade 21 Grande Loja do Paraná.

Rito: Rito Escocês Antigo e Aceito

Local: Curitiba.

Grau do Texto: Aprendiz Maçom.

Área de Estudo: Educação, Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria, Pensamento.

OS TRÊS PONTOS

VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE OS TRÊS PONTOS. O TRIÂNGULO, SÍMBOLO COM VÁRIAS INTERPRETAÇÕES, ALIÁS CONCILIÁVEIS: LUZ, TREVAS E TEMPO; PASSADO, PRESENTE E FUTURO; SABEDORIA, FORÇA E BELEZA; NASCIMENTO, VIDA E MORTE; LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.

TRÊS SÃO OS PONTOS QUE O MAÇOM DEVE SE ORGULHAR DE APOR A SEU NOME, POIS ESTES TRÊS PONTOS, COMO O DELTA LUMINOSO E SAGRADO SÃO EMBLEMAS DOS MAIS RESPEITÁVEIS E REPRESENTAM TODOS OS TERNÁRIOS CONHECIDOS E, ESPECIALMENTE, AS TRÊS QUALIDADES INDISPENSÁVEIS AO MAÇOM:
AMOR OU SABEDORIA, VONTADE E INTELIGÊNCIA.

ESTAS QUALIDADES SÃO INSEPARÁVEIS UMAS DAS OUTRAS, POIS DEVEM AGIR EM PERFEITO EQUILÍBRIO, SENDO QUE SE ESTAS QUALIDADES ESTIVEREM ISOLADAS, PODERÁ ACONTECER O PIOR.

UM SER DOTADO UNICAMENTE DE VONTADE, MAS SEM O SENTIMENTO AFETUOSO E DESPROVIDO DE INTELIGÊNCIA, SERÁ UM BRUTO.

ESTANDO ELE DOTADO DE INTELIGÊNCIA, MAS SEM VONTADE E SABEDORIA, QUE É A EXPRESSÃO DO AMOR, SERÁ O PIOR DOS EGOÍSTAS E INÚTEIS.

TENDO ELE AMOR, MAS SEM SABEDORIA, NEM SOMBRA DE VONTADE E INTELIGÊNCIA, SUA BONDADE SERÁ INÚTIL, SUAS ASPIRAÇÕES CONDENADAS A NÃO DAREM EM NADA, PORQUE NÃO SERÃO, JAMAIS, ACIONADAS POR UMA VONTADE FORTE, AGINDO SOB O CONTROLE DA RAZÃO.

O MAÇOM, DOTADO DE VONTADE E INTELIGÊNCIA, MAS SEM O AFETO POR SEUS SEMELHANTES, SERÁ CONDENADO A DESAPARECER.

POSSUINDO CORAÇÃO E INTELIGÊNCIA, MAS SEM VONTADE E ENERGIA, EMBORA NÃO FAÇA MAL A NINGUÉM POR SER POSSUIDOR DE BOAS INTENÇÕES, JAMAIS AS CONCRETIZARÁ.

A ENERGIA UNIDA AO AMOR, COM CERTEZA TERIA UM MELHOR RESULTADO, MAS COM A FALTA DE INTELIGÊNCIA NÃO COLOCARÁ EM PRÁTICA SUAS BELAS QUALIDADES, PODENDO, CASO DIRECIONADO POR UMA PESSOA CONTRÁRIA AO BEM, TORNAR-SE UM SERVIDOR DO MAU, POR FALTA DE DISCERNIMENTO.

BEM, MEUS IIR.:, DEVEMOS CULTIVAR SEMPRE EM NOSSOS CORAÇÕES, O AMOR, SABEDORIA, VONTADE E INTELIGÊNCIA, REPRESENTADAS PELOS TRÊS PONTOS .:, SEM NUNCA DEIXARMOS DESVENCILHAR UMA QUALIDADE DAS OUTRAS, PARA QUE O EQUILÍBRIO DAS RAZÕES E EMOÇÕES ANDEM SEMPRE JUNTAS EM NOSSAS VIDAS.

A FUNÇÃO DE UM MESTRE INSTALADO

1. COMPOR O CONSELHO DE MESTRES INSTALADOS;
2. ASSESSORAR O VM;
3. PERMANECER NO ORIENTE;
4. PRESIDIR AS COMISSÕES;
5. EM ÚLTIMO CASO, SOMENTE EM ÚLTIMO CASO DESEMPENHAR FUNÇÕES OU CARGOS EM LOJA.

Se o M.’.I.’. desempenhar, função em loja ou cargo em loja, alguma coisa esta errada:
a) O quadro de obreiros é insuficiente;
b) Os M.’.M.’. não cumprem com as suas obrigações.

CONCLUSÃO

Há uma hierarquia de funções e de comportamentos que em nada se relaciona com o conceito de humildade e vaidades, estes passam a margem de uma boa administração de loja. Quando um M.’.I.’. TRABALHA NAS FUNÇÕES DE um M.’.M.’. há flagrante quebra de HARMONIA na loja, assim sendo, mãos a obra, cada um com as suas obrigações bem resolvidas.

SSS


ADIL MOURA MM-MI
LOJA REPÚBLICA DE FRANA-GORGS
REAA

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Maçonaria e a Independência do Brasil

- A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL -




A participação dos maçons ou da maçonaria nos movimentos de emancipação dos povos em todos os Continentes é notório. A história Universal descreve com abundância de fatos os eventos cuja realização só foi possível através da iniciativa maçônica ou isoladamente, por maçons proeminentes.
Na história do Brasil, em todas as fases da consolidação da Colônia em Nação, não faltou em nenhum momento a orientação efetiva da maçonaria.

As Idéias Liberais

Não nos parece correto afirmar a existência de levantes revolucionários da colônia isto dentro do rigor científico do termo, não por falta de coragem dos colonos, mas pelo fato de o Brasil nunca ter experimentado a sociedade como um todo. O Brasil não viveu a revolução.

Na (Revolução Francesa, diferentemente do Brasil, não existiam classes, mas tão somente franceses, dentro de um típico liberalismo. Nas colônias portuguesas, diversamente, tínhamos os portugueses do Brasil, os portugueses de Angola, etc. Portugal, entretanto, experimentou revoluções liberais como a de 1820, conhecida como a Revolução do Porto. Há os que admitem uma revolução liberal no Brasil, a dos Farrapos, mas, ainda assim, esta só se deu com referências as relações sociais especificas, pois não há como comparar o binômio peão vs. fazendeiro com o senhor vs. Escravo.

Sem um modelo liberal, o Brasil pertencia materialmente ao rei segundo concepção do Direito Divino. Donatários tinham usufruto, mas a propriedade da terra era do rei.
O modelo de liberalismo como projeto de uma ordem social e um projeto de classes foi inicialmente, estabelecido por Napoleão Bonaparte. Ele procurou demonstrar que liberalismo e ordem eram compatíveis e possíveis. Este foi o modelo escolhido por D. Pedro para o Império do Brasil, influenciado por José Bonifácio. Este projeto procurava conciliar perspectivas autocráticas com concepções liberais, e D. Pedro I se apresentava revestido da autoridade por direito de sangue e Primeiro Cidadão.

O entendimento de Estado Nacional, pelo menos para lideranças como José Bonifácio, ia na direção de formar um Estado Nacional independente, unindo a noção de direito divino (graça divina), do sangue com pensamento liberal.
Este pensamento norteava aquela classe dominante naquele período gravíssimo. Mudanças eram, necessárias, mas sem revolução, pois nenhum Estado Absoluto sobreviveria à onda liberal (leia-se Revolução Francesa).
Qualquer revolução numa sociedade escravista, como o Brasil de então, traria consideráveis riscos para as “cabeças coroadas”(classe dominante). Por isto, essa classe nunca desejou a revolução. Nada garantiria que coma revolução liberal os escravos não fossem levantar-se contra os antigos senhores.




O grupo dominante temia a revolução porque era escravista. A revolução transformaria os escravos em cidadãos. A solução, então, era realizar uma transformação política sem que os escravos se tornassem cidadãos. Construir uma Nação mantendo a escravidão, Isto mostra que o caráter da independência brasileira foi elitista e dominante. Uma Nação organizando homens livres em torno do Imperador, assessorado por homens do Rio de Janeiro, administrando as Províncias. Uma Nação composta de homens livres mantendo, de alguma forma, a escravidão. Algo como o antigo aparthaid da África do Sul. Esta estrutura só seria possível sem a revolução; com ela o modelo estaria condenado. O papel da inquisição em paises como Portugal e Espanha, onde o Santo Ofício se utilizou deste flagelo como instrumento de controle social ideológico, fez com que nos países latinos a MAÇONARIA tornasse o caráter de uma instituição semi-clandestina, empenhada em fazer política de oposição de caráter liberal e propaganda anti-clerical.




Á Maçonaria chega ao Brasil a reboque das idéias iluministas adquiridas por estudantes brasileiros na Europa, notadamente os residentes em Portugal, França e Inglaterra. Fica claro que os maçons liam corno estímulo contra o absolutismo português, autores como Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Volney (As Ruínas), entre outros.

De acordo com o Decreto 125 de 29 de setembro de 1821,0 rei de Portugal D. João VI extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal. Nessa época, funcionavam no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens ilustres da corte como Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros. Esses maçons reunidos e após terem obtidos a adesão dos irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que culminou com o célebre “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”
Mas não parou ai o trabalho dos maçons. Começou-se logo em seguida. Um movimento coordenado, entre os irmãos de outras províncias brasileiras com intuito de promover a Independência do Brasil.

Os movimentos nativistas para a convocação de uma assembléia constituinte a concessão do título de Príncipe Regente Constitucional e Defensor Perpétuo do Reino Unido do Brasil”, outorgado D. Pedro, pelos brasileiros, acirrou ainda mais os ânimos entre portugueses e nativistas.

Nessa época, havia na metrópole, três lojas maçônicas funcionando, a “Comércio e Artes”, a “Esperança de Niterói” e a União e Tranqüilidade’, e nenhuma pessoa era iniciado em qualquer das lojas, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a independência do Brasil e o neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la.

Em princípios do ano de 1822, funda-se no Rio de Janeiro, o Grande Oriente, onde se filiaram todas as lojas existentes naquele oriente, sendo eleito seu primeiro Grau Mestre José Bonifácio de Andrada e Primeiro Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo.

A 13 de julho de 1822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na maçonaria na loja Comércio e Artes e logo elevado ao grau de Mestre Maçom.

Enquanto isso crescia em todo o Brasil. o movimento pela Independência, encabeçado pelos maçons.Os acontecimentos se sucediam, até que a 20 de agosto de 1822 é convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente e nessa reunião assume o malhete da loja, Joaquim Gonçalves Ledo que era o primeiro Grande Vigilante, devido a ausência de José Bonifácio ( que se encontrava viajando.) Joaquim Gonçalves Ledo, profere um eloqüente e enérgico discurso, expondo a todos os irmãos presentes, a necessidade de se proclamar imediatamente a Independência do Brasil. A proposta foi posta em votação e aprovada por todos e em seguida lavrou-se a ata dessa reunião.

Presume-se que a cópia da ata dessa memorável reunião,tenha sido enviada D. Pedro, juntamente com outros documentos que alcançaram na tarde do dia 7 de setembro de 1822 as margens do riacho Ipiranga e culminou com a proclamação da Independência do Brasil oficialmente naquele dia e que a história assim registra.

Citando Pandiá Calógeras, em seu livro Formação Histórica do Brasil, página 103, encontramos essa afirmação: “Não há mais quem possa negar à Maçonaria um papel preponderante na emancipação política do Brasil. Realmente desde l815, como fundação da loja ‘Comércio e Artes”a idéia independencista começou a agitar os espíritos brasileiros. Em 1820, descoberta urna conjuração, foram perseguidos tenazmente os ‘maçons”.

Porém no ano seguinte, conseguiram eles triunfar, organizando lojas pelos quatro cantos do país. E cm princípio de 22, com a criação do “Grande Oriente”os carbonários adquiriram um formidável prestigio político. Nesse movimento maçônico em prol das independência distingui-se uma figura extraordinária de agitador: Joaquim Gonçalves Ledo.

A frente do movimento, enérgico e vivaz, achavam-se a maçonaria e os maçons. Seus principais chefes e luzes das oficinas tem de ser nomeados, como primeiros obreiros da grande tarefa: Joaquim Gonçalves ledo, José Clemente Pereira, Cônego Januário da cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, figuram entre os maiores”.

Gustavo Barroso em seu livro História Secreta do Brasil — “A Independência do Brasil foi realizada à sombra da Acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isso”, “A maçonaria era verdade, o centro emancipador, reconhece grande autoridade no assunto, o senhor Mário Bering, Grão Mestre da maçonaria brasileira”. Ninguém, ignora que a independência nacional foi concebida e proclamada entre as quatro paredes dos templos maçônicos”. Nos bastidores do mistério de Adelino de Figueiredo Lima.

E aos poucos vão-se dando os passos: A 13 de maio de 1822, propôs o brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto se conferisse ao príncipe o titulo de Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil. D. Pedro, receoso ainda, não aceitou o título totalmente, apenas o de Defensor Perpétuo e o fez colocar as Iniciais (D.P.) nas peças do uniforme, nos arreios, nos coches, nas librés, nos móveis, nos portões, etc. em tudo que se referisse à corte e à pessoa do futuro soberano.

E quando, a cavalo, rodeado dos dragões à austríaca, e dos membros da sua comitiva, amarfanhou os papéis, arrancou da espada as palavras que abriram novos horizontes ao Brasil: INDEPENDÊNCIA OU MORTE”, realizava ao público o que já se resolvera nos subterrâneos. A independência política já fora proclamada na maçonaria na sessão de 20 de agosto c em assembléia. geral do povo maçônico, reunidas na sede do Apostolado das três lojas metropolitanas, sob a presidência de Gonçalves Ledo.

Ö Brasil, no meio das nações independentes, e que falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, (Portugal) sem forças para defende-lo e ainda para conquista-lo. As nações do Universo tem os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti. Príncipe! Cumpre aparecer entre elas como rebeldes ou como homens livres e dignos de o ser. Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres. Resolve, Senhor! (final do discurso de Gonçalves Ledo).

E nas festas que acolheram o jovem fundador do império. Em Piratininga... e mesma noite em que chegou a São Paulo, tomou posse D. Pedro do cargo Grão Mestre da Maçonaria, aclamado por todos, no recinto da loja. Vestira-se de pompa a loja para receber o aprendiz Guatimozim, já anteriormente iniciado nos nossos mistérios por José Bonifácio.

Régua de 24 Polegadas

Régua, Segundo o dicionário é uma peça longa, fabricada de madeira, marfim, celulóide, metal, etc. de superfície plana e arestas retilíneas, usada para traçar linhas retas ou para medir.

Polegada, Menor unidade de distância no sistema de medidas dos países anglo-saxônicos. Um pé contém 12 polegadas, e uma jarda equivale a 36 polegadas. Qualquer distância menor que uma polegada é medida em frações de polegada. Já o sistema métrico mede pequenas distâncias em centímetros e milímetros. Uma polegada equivale a 2,54 cm.

A polegada é uma medida antiga que se afastou do sistema métrico Francês; contudo, ainda é usado, posto que esporadicamente, é utilizado por nós brasileiros. A maçonaria adota porque simboliza o dia com suas 24 (vinte e quatro) horas. O Tamanho da régua já sugere que é um instrumento destinado à construção, filosoficamente, o maçom deve pautar a sua vida dentro de uma determinada medida, ou seja, deve programá-la corretamente e não se afastar dela.

A origem da palavra régua é francesa (règle) e significa “lei ou regra”. Junto ao Malho e o Cinzel, a Régua completa os instrumentos de trabalho do aprendiz maçom. Ela servirá para medir e traçar sobre a pedra bruta o corte a ser efetuado. De nada nos serve o Cinzel, símbolo da razão e discernimento e do Malho, símbolo da vontade, determinação e força executiva, sem as propriedades da régua. Sem diretrizes podemos fazer com que nossa pedra bruta torne-se mais irregular ainda.

A primeira observação que fazemos é quanto as características básicas da régua, um instrumento simples, milenar, que nos ensina de uma forma mais simples ainda, o caminho direto entre dois pontos, dois destinos. Filosoficamente, poderíamos dizer tratar-se de um caminho entre a norma e a ordem, entre o que se quer fazer e o que se deve fazer, entre o passional e o racional, entre a direção da ponta do malho ao topo do cinzel, indica a própria construção do homem, a lapidação de sua forma mais bruta em busca da perfeição.

Com a régua medimos um seguimento do infinito. Uma parte de nossa vida. A retidão que buscamos. Do ponto em que encontramos nossa Pedra Bruta até o momento em que a tornamos Cúbica, para nós e para a sociedade em geral.

A graduação nela colocada de vinte e quatro polegadas, serve para mensurar o tempo, as vinte e quatro horas do dia em que o homem deve distribuir entre seus exercícios matinais, nem sempre realizados, sua primeira alimentação, às vezes esquecida, seu trabalho, as demais refeições, a necessária recreação, muitas das vezes não considerada, suas reflexões, em geral pouco ou mal aproveitadas, e o merecido repouso, como nos prega a mensagem da criação.

O exercício na separação de cada tempo, dando o ritmo necessário para cada etapa, faz com que o homem evolua, cresça, se realize e desenvolva habilidades que de outra forma poderia pensar ser impossível realizá-las. Uma vitória pessoal, inigualável. É a pura demonstração da vontade, de responsabilidade e do reconhecimento de si próprio. Um caminho que se propõe reto, é integro e honesto.

Cada nova ação proposta deverá ser bem estudada, analisada e para ser edificada, basta incluí-la nos intervalos de cada ponto de nossa régua, utilizando para isso os princípios éticos que envolvem a liberdade, igualdade e fraternidade.

Primeira Lição:
Analogamente, todo o credo, nação ou instituição depende de regras para sua identidade e funcionamento. Sem critérios, a vida seria por demais defeituosa e complicada. Daí a necessidade que o homem teve de estabelecer leis e padrões de conduta que norteassem suas ambições. Isso nos faz lembrar da maior lição sobre a régua registrada pela história.

Após 400 (quatrocentos) anos escravizados pelos egípcios, o povo judeu foi libertado por Moisés que prometeu guia-los a terra prometida (Palestina). Moisés, homem educado da corte egípcia entendia que após 400 (quatrocentos) anos como escravos os israelitas haviam perdido sua identidade como nação. Moisés receava adentrar a palestina com um grupo de mais de dois milhões de pessoas desorganizadas, sem regras e princípios. O resultado seria a auto-aniquilação daquele povo em disputas de terras e sucessão de poder.Revelando-se um estrategista, ao sair do Egito, Moisés acampou com todo o povo ao pé do Monte Sinai e fez uso da régua. Criou o código civil, o código penal, o direito de família, leis ambientais e de uso da terra, leis religiosas, realizou o censo, dividiu o povo em tribos, instituiu hierarquia de comando, criou um exército, e para coroar sua gestão criou os Dez Mandamentos, supostamente escrito pelo próprio Deus, que equivale hoje a nossa constituição.

Moisés havia feito o uso da régua, mas sabia que faltava o uso do cinzel e do malho. Por isso não permitiu que o povo entrasse na Palestina logo após a criação das leis, mas obrigou-os a viver na orla da Península do Sinai, por 40 (quarenta) anos até que entendessem as regras criadas. Este período de 40 (quarenta) anos foi necessário para se lapidar a Pedra Bruta desta nação, antes que adentrassem à terra prometida.

Vivemos numa sociedade de leis, vai do direito internacional, às regras de trânsito, no entanto nos deparamos constantemente com governos, corporações e simples funcionários usando as leis existentes para cometer injustiças através de manobras jurídicas.

Nem tudo que é legal é justo. Por esse motivo o maçom tem como responsabilidade traçar para si padrões não apenas baseados nas leis, mas principalmente na justiça irrestrita.

Segunda Lição:
A régua de 24 polegadas representa o total de horas de um dia. Lembra-nos que o dia deve ser vivido com critério, dividido entre o trabalho, laser, espiritualidade e o descanso físico e mental.

Em nome da competitividade, somos obrigados ainda a consumir enormes quantidades de informações. Política, mercado, informações técnicas, MBA’s, segunda língua, curso de especialização, seminários, etc. Uma única edição de domingo do Jornal Folha de São Paulo, contém mais informações do que um leitor médio encontraria durante toda a vida no século XVII. As novas tecnologias de informação como celular, e-mail, internet, palm-top, etc. Somem-se ao trabalho todos os outros papéis que temos que cumprir; Somos filhos, pais, cônjuges, irmãos, amigos, membros de uma igreja e maçons. Como reagir diante deste caos de demandas simultâneas?

A administração do tempo expressa na lição das 24 polegadas nunca foi tão necessária como hoje em nossos dias. Para sermos felizes temos reconhecer e aceitar nossos limites, aprender a dizer não. Eliminar atividades desperdiçadoras de tempo. Estabelecer metas para a vida e realizá-las em ordem de prioridade. Para tanto, utilizaremos nossa régua com simplicidade, habilidade e, acima de tudo, com paciência e sabedoria.

Constrangimento Causado Por Alguns Atletas do Santos F.C.

Quando se compreende que além da religião está a espiritualidade e além do preconceito está o amor... Abração.
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O jovem Pastor Ed René Kivitz lançando um de seus livros.

Parece mentira, mas foi verdade. No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos, atual campeão paulista de futebol, foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.

Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.

Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo
(24a), Marquinhos (28a) e André (19a), todos ídolos muito aguardados.

O motivo teria sido religioso. A instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral.

Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram.

Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.

Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com "P" maiúsculo) ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto abaixo que tenho o prazer de compartilhar.
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No Brasil, futebol é religião (por Ed René Kivitz)

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa.
Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico e santista desde pequenininho.