

A perda de uma pessoa tão significativa gera uma grande crise pessoal. Se observarmos nossa vida atentamente, veremos que, desde o início há despedidas, separações e perdas. A primeira separação e perda é a despedida do ventre materno, lugar protegido e paradisíaco. A última despedida será a própria morte. Curiosamente, estas duas experiências existenciais, a primeira e a última, são experiências de separação, despedida e luto. Outro fator que, ao longo de nossa vida, constantemente nos remete à perda e à despedida é o tempo. Esse corre impiedosamente e se esvai sem retornar jamais. Assim, a nossa vida caracteriza-se por um constante despedir-se. Pela própria natureza, estamos de antemão preparados e equipados para ter reações adequadas, capazes de absorver e transpor perdas, despedidas. Temos que encarar a morte como algo presente na nossa vida, é algo intrigante que causa curiosidade e até fascínio, pois é difícil explicar o que há do outro lado da vida. E assim levo minha solidariedade aos que sofrem pela morte de parentes, amigos, e estão sendo movidos pela saudade dos entes queridos, pois nesta data também reverencio todos aqueles que participaram, de um modo ou de outro, de minha convivência deixando saudosas recordações.
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