quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VOTO "CONSCIENTE"?

Este texto é apenas uma introdução para iniciarmos uma reflexão sobre o Brasil que queremos para o futuro.
Em 2010 ocorrerão eleições e 2009 está sendo um ano bastante difícil. Crise econômica e crise política juntas, e de grande intensidade. Na crise política não há grandes novidades, o mar de lama continua, não mais no Palácio do Catete, pois o governo mudou de sede, continua em Brasília e com maior intensidade pois o Brasil cresceu muito nos últimos 50 anos.

O mar de lama nunca esteve ausente. Um grande descrédito toma conta da população, ao menos da parte mais politizada dela, que não é grande. Em 2010 teremos eleições e novamente vem a baila a mesma discussão de eleições anteriores: situação ou oposição?. Campanha pelo voto nulo?. Abstenção ou voto consciente?

Na Internet já surgem os Blogs e comunidades das mais diversas tendências. Nós cidadãos conscientes, não importa de que tendência política, sentimos nossa incapacidade e impotência ante essa realidade que se apresenta em todas as eleições.

Que fazer para mudar essa realidade? Posso eu fazer alguma coisa? Participar de comunidades na Internet já é alguma coisa? O que leva os cidadãos a fazerem escolhas tão erradas quanto aos seus representantes? Será que explicações como pobreza, péssima ou nenhuma educação, indiferença, dão conta de explicar?

Como vemos são tantas, tantas perguntas que jogadas ao debate terão certamente muitas e diferentes explicações.

Acho que o primeiro passo é tentarmos entender a realidade que nos cerca. É sem dúvida o primeiro passo, ao menos não nos fará sofrer tanto com essa sensação de fim de mundo e impotência.

Acho que temos que aceitar certos pontos que são quase dogmas: primeiro que o ser humano não é perfeito, ninguém é absolutamente perfeito.

Conseqüentemente os regimes políticos não são perfeitos e a democracia não é perfeita, aliás nem a natureza é perfeita, pois para manter-se no rumo ela necessita de duas forças antagônicas: construção e destruição, é a famosa dialética da natureza.

Também a sociedade humana necessita de crises para acertar o rumo e precisamos ver essas crises com um olhar histórico e não como o fim do mundo.

A sociedade sobrevive e se desenvolve há pelo menos 10.000 anos independentemente de todas as crises, pestes, guerras e catástrofes. Talvez esse seja o primeiro passo para tentarmos entender que cada passo dado é parte do processo histórico e que às vezes é preciso dar um passo atrás para darmos dois à frente.

Mas uma coisa é certa: é preciso ter uma compreensão clara de nossa sociedade, de nossa história para que tomemos decisões conscientes e não sejamos tomados por dúvidas nem por argumentos infantis ou maliciosos.
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Bernardo

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