
Dia 25 de agosto é consagrado ao soldado brasileiro. O soldado é o cidadão fardado precursor na defesa da sua pátria e das instituições. O civil é um soldado licenciado sempre pronto a ser convocado quando as circunstâncias exigirem. O Exército, a Marinha, a Aeronáutica e a Polícia Militar são forças devotadas à defesa da pátria, da ordem e das instituições.
25 de agosto foi designado Dia do Soldado porque neste dia, em 1803, nascia na cidade de Estrela, no Estado do Rio de Janeiro, Luiz Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, o maior soldado-estadista do nosso país. Descendente de uma família de militares, desde os cinco anos de idade ele já foi "programado" para a carreira dos seus ancestrais. Junto com seu pai, freqüentava o expediente no quartel do 20º Batalhão dos Sapadores Reais. Aos nove anos ingressou no Colégio Militar e aos 15 na Academia Militar, sempre alcançando o primeiro lugar.

Cumprida, com heroísmo, esta missão, seguiu Caxias com seu regimento para o Maranhão, sufocando lá a Balaiada com tanto denodo que lhe valeu a promoção ao posto de coronel. Voltando ao Rio de Janeiro, foi destacado para sufocar a rebelião de Sorocaba, chefiada pelo ex-presidente da Província de São Paulo, Rafael Tobias de Aguiar. Contou com a participação da Marquesa de Santos, com o padre Diogo Antônio Feijó, ex-regente do Império e outras figuras importantes de uma monarquia agonizante (isso acontecia em 1842, dois anos após a falsa maioridade do príncipe D. Pedro, futuro Pedro II).
Sufocada a rebelião de Sorocaba, Caxias foi chamado a pacificar Minas Gerais, derrotando os liberais daquela Província. Em 1845, conseguia pacificar o Rio Grande do Sul, convulsionado com dez anos de guerra civil, onde usou de toda a sua competência e autoridade de verdadeiro estadista, conseguindo uma paz honrosa para os combatentes. Foi honrado com as insígnias de general e o título nobre de Marquês de Caxias. Em 1851/52 lutou no Uruguai, contra o caudilho Oribes e os partidários do ditador argentino Juan Manoel Rosas. Em 1855 foi nomeado Ministro da Guerra, em 62 presidiu o Conselho e em 63 chegou a Senador. A guerra contra o Paraguai seguia a passos lentos, com brilhantes vitórias e alguns reveses, como o de Curupaiti, de sérias conseqüências.
Caxias foi chamado a assumir o comando das forças aliadas, substituindo o argentino Bartolomeu Mitre. Reorganizou, rearmou, disciplinou e saneou os exércitos aliados e partiu para a ofensiva, vencendo as forças regulares do "El Supremo" ditador paraguaio Francisco Solano Lopes. O cerco de Humaitá, a batalha do Avaí, os combates de Lomas Valentina, Angostura e Itororó abriram a porta da capital paraguaia às tropas brasileiras e aliadas. Esta fase da guerra foi chamada de "Dezembrada" e culminou com a entrada triunfal dos aliados em Assunção no dia 5 de janeiro de 1869. Porém a guerra não terminou aí, pois Lopes se retirou para o nordeste com os remanescentes de suas tropas.
Caxias, já velho e cansado, passou o comando para o príncipe Gastão de Orleans, o Conde d´Eu, que perseguiu o inimigo até o Cerro Corá, onde alcançou a 1º de março de 1869. O cabo Chico Diabo matou o ditador e a guerra acabou. Foram suas últimas palavras: "Me muero com mi pátria". Caxias morreu em 1880.
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