
O Escândalo da Maçonaria, que levou 10 magistrados de Mato Grosso a serem processados pelo Conselho Nacional de Justiça, repercurte no site da Folha de S. Paulo:
Procuradoria pede pena máxima a juízes suspeitos de desviar verba do TJ-MT
Por RODRIGO VARGAS da Agência Folha, em Cuiabá
Parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a pena máxima prevista em processos administrativos abertos pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) --aposentadoria compulsória, com manutenção de rendimentos-- para três desembargadores e sete juízes de Mato Grosso.
Os magistrados são suspeitos de envolvimento em uma operação financeira que teria desviado R$ 1,5 milhão do cofres do Tribunal de Justiça para beneficiar a entidade maçônica Grande Oriente de Mato Grosso, uma das maiores do Estado.

Entre os citados no documento, estão os desembargadores Mariano Travassos (atual presidente do TJ), José Ferreira Leite (presidente do TJ e grão-mestre da entidade maçônica na ocasião dos fatos investigados) e José Tadeu Cury (então o vice-presidente). O julgamento está marcado para a próxima terça-feira, em Brasília.
A denúncia do suposto esquema partiu da corregedoria do próprio TJ. Um relatório produzido em 2007 pelo desembargador Orlando Perri, então corregedor-geral, concluiu que havia "fortes indícios" de que verbas do TJ haviam sido usadas para cobrir o rombo deixado pela quebra de uma cooperativa de crédito ligada à entidade maçônica.
Dos sete juízes investigados, quatro também ocupavam cargos na maçonaria à ocasião. Um deles, o juiz Antônio Horácio da Silva Neto, disse ontem que aguarda "com tranquilidade" o resultado do julgamento.
"Se for um julgamento técnico, eu tenho a absoluta certeza de que serei absolvido. Nunca houve esquema algum de desvio", disse Silva Neto.
No STJ (Superior Tribunal de Justiça), a mesma denúncia motivou a abertura de inquérito criminal, ainda inconcluso.
A assessoria de imprensa do TJ disse ontem que o presidente Mariano Travassos não fará declarações até o dia do julgamento. O desembargador José Tadeu Cury se recusou a comentar o caso. A Folha deixou recado no gabinete do desembargador José Ferreira Leite, mas ninguém ligou de volta.
fonte Folha on line
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