sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ASSIDUIDADE DO MAÇOM

Ir.'. Osni Wesley de Oliveira-M.'.M.'. -CIM 197058

Discorrer sobre “assiduidade, pontualidade e postura do maçom”; no meu entender, atributos importantíssimos, que devem adornar o verdadeiro maçom, sendo que o primeiro deles “assiduidade” é de vital importância, pois dele depende a sobrevivência da loja, senão, como entender o funcionamento de uma loja, se seus membros não comparecem aos trabalhos?

Quem abrirá o templo?
Quem o adornará?
Quem preparará as ferramentas?


Deter-nos-emos com mais vagar neste primeiro atributo, pois julgamos ser o principal, mais abrangente e os outros só existem em função deste.

O que é assiduidade? Consultando o dicionário, deparamo-nos com a definição de que é a qualidade ou caráter de assíduo; e assíduo é o que comparece com regularidade e exatidão ao lugar onde tem de desempenhar seus deveres ou função. São deveres do maçom, entre outros, o de “freqüentar assiduamente os trabalhos da loja e corpos a que pertencer. Aliás, nós, hoje aprendizes, companheiros ou mestres, ao preenchermos nosso pedido de ingresso nesta Sublime Instituição, nos comprometemos a freqüenta-la com assiduidade e à pergunta do sindicante sobre o mesmo assunto, afirmamos ter disponibilidade de tempo para freqüentar os trabalhos semanalmente. E reafirmamos este propósito, às perguntas do Venerável Mestre, durante a solenidade de iniciação, quando recebemos a LUZ.
Meus irmãos, tudo o que dissemos até agora, refere-se simplesmente aos aspectos legais, necessários e essenciais ao bom funcionamento de toda e qualquer instituição, organização, sociedade e mormente da maçonaria. Mas o aspecto que vamos abordar agora, embora não se divorcie do legal, reveste-se de sentimento de amor, de solidariedade, de fraternidade, de irmandade.
Lembremo-nos da leitura do Livro da Lei, ao abrimos os nossos trabalhos, onde o salmista DAVI nos exorta à união, ao declamar o salmo 133 “Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união”. É esse bom viver entre os irmãos que nos animam, nos confortam, nos fortalecem, nos alegram. Falamos desse bom viver que aqui, semanalmente, nós experimentamos e compartilhamos com os que estão aqui conosco e queremos dividir com mais irmãos.
Conta-se que em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, havia um pastor que conhecia praticamente todos os seus habitantes; nos cultos dominicais, era comum que algumas pessoas se sentassem, sistematicamente nos bancos da frente; entre essas pessoas, havia um senhor muito conhecido e respeitado naquela localidade que se sentava sempre no mesmo banco. Num determinado domingo, o pastor observou que aquele banco estava vazio; não se preocupou, porque era normal que alguns irmãos, por algum motivo tivesse faltado àquele domingo. Na semana seguinte o banco continuou vazio; o pastor começou a ficar preocupado, começando a especular-se sobre o fato. Na terceira semana, repetiu o episódio, novamente o banco continuava vazio.
Terminado o trabalho religioso, o pastor resolveu ir à casa do irmão para saber do motivo de suas ausências.
O irmão argüiu que já freqüentava o culto há muitos anos, sabia de cor e salteado o que o pastor iria pregar, conhecia todos os livros da bíblia, os cultos já estavam se tornando enfadonhos, cansativos, repetitivos, enfim, não via mais nenhum atrativo para ali se dirigir.
Então o pastor nada disse; foi até a lareira, retirou de lá uma brasa e colocou-a em cima do parapeito da janela. Sentou-se e esperou. Dentro de poucos minutos, a brasa começou a apagar-se.
Passados alguns instantes de silêncio entre os dois, o irmão faltoso disse ao pastor: pastor, compreendi a sua mensagem. E voltou a freqüentar o culto, como sempre o fizera.

Moral da história: uma brasa sozinha perde o seu calor muito rapidamente.

Meus irmãos, o que aconteceu com o irmão dessa história é bem parecido com o que acontece hoje com nossas lojas, de modo geral. Muitos irmãos não comparecem às reuniões, alegando motivos vários, parecidos com os da história; ora porque não tem tempo, ou que as reuniões não tem motivação e são demoradas ou que tem compromissos mais importantes, que os temas abordados não tem interesse, ou são enfadonhos, cansativos, repetitivos; que para ouvir simplesmente o bater de malhete, melhor seria ficar em casa, etc, etc, etc. É fácil reconhecer um maçom desinteressado: é aquele que está sempre reclamando que a sessão está demorando muito e que precisa ir embora por um motivo ou outro; aquele que sempre encontra razões para não colaborar com os afazeres da Loja. Que esses irmãos não nos sirvam de lição; que não o imitemos; antes porém, que sejamos com eles tolerantes, não coniventes; que o incentivemos, que o apoiemos, enfim que com ele dialoguemos como irmãos e amigos, propiciando assim, a formação de uma corrente positiva, a que chamamos EGRÉGORA MAÇÔNICA, tão necessária durante os nossos trabalhos.
A Maçonaria meus irmãos, visa à mudança do homem em seu interior, tendo como objetivo a sua evolução interior, contribuindo assim, para a evolução não só dos maçons em particular, mas de toda uma sociedade. Os irmãos que desejam verdadeiramente evoluir em seu íntimo, devem fazê-lo, mudando inicialmente sua maneira de pensar. Devemos perguntar-nos, a exemplo do Presidente Kennedy em seu discurso de Posse, não o que a Maçonaria poderia fazer por mim, mas o que eu posso fazer para a Maçonaria?

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