




O fato é que a minha época de Água Branca, de muitas maneiras, ainda está bem perto de mim, porque nela aprendi que nossos passos são proporcionais às conquistas do passado. Noutras palavras, nada daquilo teria acontecido - nem estaria acontecendo agora, vejam - se não fosse o sonho por que lutaram muitos homens que viveram bem antes de nós.
Em boa verdade, antes mesmo de as margens do Ipiranga ouvirem o grito de independência em 7 de setembro de 1822, como dita a letra do Hino Nacional, a liberdade já havia sido pensada e sonhada por um mineiro - Tiradentes. Sim, Minas foi decisiva para o fortalecimento dos ideais libertários e para as mudanças que definiram os rumos tomados pelo país. O movimento dos inconfidentes denunciava um acontecimento inédito e incômodo para a mentalidade da época: o sonho que, por anos, aparecera no coração de alguns aflorava, agora, na consciência de muitos que se haviam acordado para dentro. Aliás, uma verdade que tais fatos pronunciam em alto e bom som é que nada há como o sonho para criar o futuro; noutras palavras, ninguém irá além do que enxergarem seus olhos. Por isso entendo, jovens, que hoje, talvez mais que ontem, precisamos sonhar, mas não é só isso, precisamos sonhar, e ousar mais, e realizar mais! Afinal, “la vida es sueño, y los sueños, sueños son”.


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