domingo, 4 de outubro de 2009

Uma Loja de Palhaços

Uma Loja de Palhaços (no bom sentido da palavra)
Ao ser fundada a Loja Salomão e funcionando às 2as feiras, atraiu para seu Quadro muitos artistas, os quais tinham seu descanso naquele dia da semana. Inicialmente vieram artistas circenses, inclusive proprietários de circo, sendo então chamada de “Loja dos Palhaços”, sem qualquer sentido pejorativo, pois havia um consenso, como ainda hoje, de que tais artistas vivem para trazer alegria para as pessoas, tornando a vida mais amena, e no caso dos Maçons artistas, eles levavam para todo o Brasil e para o exterior a arte, a alegria e os conhecimentos maçônicos, tendo a Loja Salomão se tornado muito conhecida através daqueles IIr:.

Um dos primeiro artistas a realizar um salto mortal duplo foi o Ir:. Mario Sabino Campioli que foi o famoso Palhaço Quero-quero, tendo sido também acrobata, saltador e trapezista. Do mesmo modo, o Ir:. Eduardo Temperani foi o 1º Homem-Bala no Brasil. O Ir:. Carlos Angel Lopes, que também foi Palhaço, tinha como númeroprincipal na vida artística, o de tocar violino plantando bananeira. O famoso Palhaço Carequinha era Maçom, Gr:. 33, e pertencia a uma Loja de Niterói, mas trabalhava com dois outros Palhaços que eram IIr:. da Loja Salomão, o Ir:. Frederico Viola, Gr:. 33, Palhaço Fred e o Ir:. Aymoré Pery, Palhaço Zumbi.


Aos artistas circenses sucederam os artistas de rádio e teatro. Essa plêiade cumpria os Rituais com interpretação magistral. As cerimônias de Iniciação, Elevação e Exaltação, na Loja Salomão eram concorridíssimas, com a presença de grande número de visitantes que apreciavam o cunho de realidade impregnado naquelas Sessões. Por isso a Loja passou a ser chamada de “Loja Escola”, que perdura até a presente data, pois ainda mantêm em seus Quadros alguns artistas e além disso, prima pela manutenção daqueles elevados padrões de outrora.


Uma tradição da Loja se refere ao tratamento dispensado a IIr:. Visitantes. Há muitos anos, por decisão da Loja, ao Ir:. Visitante é concedido o título de “Membro Honorário” durante o período da Sessão. Assim, naquele período, o Ir:. de uma loja co-irmã presente à Sessão, não é considerado Visitante e sim Membro do Quadro de OObr:. da Loja Salomão que entendem que Ir:. não visita Ir:., é de casa.


Esta extraordinária Loja, pela competência dos IIr:. do Quadro, sempre teve pelo menos três representantes no Supremo Conselho.


Outra peculiaridade da Loja, é a de não fazer distinção ente Ir:. filiado e não filiado. A atual Administração, por exemplo, a começar pelo Vem:. é composta em sua maioria por IIr:. filiados.
Como pode ocorrer com qualquer Instituição, a Loja Salomão experimentou um momento difícil quando houve uma cisão em seus Quadros, ocorrendo a saída de cerca de 40 IIr:. que não aceitaram uma decisão da Loja. Os dissidentes foram liderados pelo Ir:. Manoel Pêra, pai da artista Marília Pêra, os quais fundaram a hoje conhecida Loja Trabalho e Liberdade. A Loja Salomão superou aquele episódio, e sua longa caminhada tem primado pela absoluta união entre seus IIr:. sendo tradicionalmente uma Loja pacífica.


Durante muito tempo, a Loja Salomão foi a única a festejar o Natal com os pobres. Promovia a distribuição de cartões que davam direito ao recebimento dos Troncos de Solidariedade: atos beneficentes e o Natal dos pobres.


Quando era Ven:. da Loja, o Ir:. Teixeira Pinto, o Grão Mestre Geral, Ir:. Rodrigues Neves, prestigiou o Natal dos pobres da Loja Salomão entregando o primeiro saco de alimentos. Com o agravamento da situação econômica e a conseqüente carestia, tal prática não foi mais possível.
Por ocasião da II Guerra Mundial, em que o Brasil lutou pela democracia, a Loja Salomão destinava parte do Tronco da Solidariedade para a compre e remessa de presentes para nossos “Pracinhas”, componentes da Força Expedicionária Brasileira, levando assim o calor humano e o reconhecimento da população aqueles que lutava por um mundo melhor.


Há muito anos que as eleições na Loja Salomão ocorrem de maneiro tranqüila e fraterna. Isto se deve ao exercício de uma prévia eleitoral, em que são auscultadas as preferências, chegando-se a um consenso para a formulação de uma única chapa. Tal prática só tem sido possível porque os Iir:. da Loja tem plena consciência de que os cargos, quaisquer que sejam, representam trabalho e responsabilidade, jamais patamares para alimentar vaidades.

Que loja maravilhosa esta não é mesmo irmãos, e que nos sirva de exemplo.


Visitem o site da Loja: http://www.salomao21.org.br/v1/lj_fatos.php - Ir.’. Daniel Ferreira de Souza (Editor do Portal)

Mas, queridos irmãos, continuando, quero fazer desta matéria um bonito pano de fundo para abordarmos de forma o mais amena possível um outro aspecto não menos importante da maçonaria atual: Seriamos todos palhaços?
Vimos na matéria acima exposta o lado positivo da palavra palhaço, que nos remete à alegria e diversão, mas quando dizemos que “nos fazem de palhaços”, significa querermos dizer que “não nos levam a sério”…
Pois bem, é Carnaval, o povo está pelas ruas, fantasiado e manipulado, movido a futebol, cerveja e novelas imorais, ignorando os maiores escândalos de corrupção que estão sendo veículados pela nossa imprensa “não marrom”, sim, enquanto morrem pelos postos de saúde, ficam em filas de espera para obterem vagas nas escolas, perambulam pelas ruas em busca de empregos medíocres e mal remunerados, pagam as mais altas taxas de impostos de toda a história do nosso país, o povo, sim, o povo do qual emana todo o poder, pula de alegria, uma alegria insana, imbecil até, digna de alienados, que de bariga vazia e a mente muito mais, enchem diariamente os bolsos dos muitos corruptos que estão no poder.
Teria também a Maçonaria Brasileira se tornado num imenso “Circo”, com seus espetáculos ritualísticos e seus devaneios de graus e comendas…
Como podemos nos calar diante de tantas injustiças irmãos? Como nós que nos dizemos “construtores sociais” podemos gastar nosso tempo falando de regularidade, de potências maçônicas, e ignorarmos até mesmo na própria carne a bandidagem e a corrupção.
Como brasileiro e maçom, “COBRO”, daqueles que se consideram líderes da maçonaria brasileira, o exemplo de união e ação contra as injustiças sociais em nosso país, sobretudo fiscalizarem os nossos parlamentares que “se dizem maçons”, punindo a todos aqueles que apresentem enriquecimento ilícito.
Como cristão evangélico, “COBRO” dos que se consideram líderes religiosos, a que promovam a consciência de que somos cidadãos e devemos participar dos destinos da nossa nação, enquanto estivermos na terra e como seres humanos, somos responsáveis não somente por nós mesmos, mas por nossa descendencia.
Portanto evangélicos, também fiscalizemos os nossos políticos que “se dizem evangélicos” e investiguemos suas vidas pois são homens-públicos e pagos por todos nós, não é justo que obtenham vantagens financeiras e se tornem numa corja até pior que a que encontraram ao assumirem o poder.
Queridos leitores, por favor desculpem minha amargura, mas meu coração pede por união e justiça social, conclama a todos aqueles que, qualquer que seja sua fé religiosa, sua ideologia política, sua raça, seu nível de instrução, ou até mesmo sua orientação sexual, se perfilem para uma batalha, uma luta do “bem contra o mal”, da “honestidade contra a corrupção”, da “civilização contra a barbárie”.
Somos todos brasileiros, o Brasil é nosso, usemos agora mesmo a Lei e o voto como nossas armas, pois nossas Leis e nosso direito de voto custaram o sangue de muitos no passado.
Para mim e para muitos eu sei que não existe festa, existe velório, pois velamos pela “vergonha na cara” de nossos representantes (infelizmente em sua grande maioria).

Ir.’. Daniel Ferreira de Souza (Editor do Portal)

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